Briga de condomínio vira assunto de CEE da Câmara
CEE foi proposta após pedido de 'socorro' dos moradores; Cangussu fala em omissão da administração local
Os vereadores aprovaram por unanimidade, na sessão de ontem, a criação de uma CEE (Comissão Especial de Estudos) com o objetivo de “tentar solucionar” os problemas do local.
As reclamações dos inquilinos vão desde embates com a síndica, obras irregulares, tráfico de drogas, até uma dívida com o Daerp, superior a R$ 3 milhões. Os problemas foram destaque em A Cidade, mês passado.
Um grupo de cerca de 20 inquilinos, que pediu o auxílio da Câmara, há duas semanas, acompanhou a aprovação da CEE ontem. Quase todos os vereadores usaram a tribuna para comentar os problemas e declarar apoio aos moradores.
A CEE contará com sete integrantes e será presidida pelo vereador Samuel Zanferdini (PMDB). O governista quer instalar a comissão já na próxima terça-feira com a divulgação do cronograma de trabalho.
“O Jardim das Pedras é uma minicidade com mais de seis mil moradores, que envolve problemas da cidade. Vamos apurar e fazer os devidos encaminhamentos para os órgãos competentes”, destacou Zanferdini.
Dentre os exemplos declarados pelo governista está o acionamento da Polícia Federal para saber sobre a legalidade do serviço de segurança particular que existe no condomínio.
Para o petista Beto Cangussu, a situação do local deve-se à omissão de órgãos públicos, como a própria prefeitura. “Existe funcionário da administração que ajuda a manter construções irregulares”, disse.
O vereador Ricardo Silva (PDT) ressalvou que a Câmara atuará dentro de sua competência de fiscalização, considerando que o condomínio é particular.
Ex-morador do Jardim das Pedras, Genivaldo Gomes (PSD), diz que o local “virou terra de ninguém”.
Moradores procuraram vereadores
A CEE (Comissão Especial de Estudos) foi proposta pelo vereador Samuel Zanferdini (PMDB), depois que os moradores do Jardim das Pedras pedirem “socorro” ao Legislativo.
Com a aprovação da comissão, os inquilinos esperam ter os problemas do condomínio resolvidos e a harmonia reestabelecida.
“A ajuda dos vereadores será muito importante. Estamos aqui para apoiar a criação da comissão”, afirmou Edna Sueli Inácio, moradora do local há 30 anos.
O principal problema, segundo o grupo que esteve na Câmara ontem, é a postura da síndica. “Este mês pagamos R$ 88 mil de material de construção, mas ninguém viu um tijolo lá”, disse Helton Luís Vicente, morador há 15 anos.
A síndica Vera de Lurdes Ferreira não foi localizada pela reportagem ontem.
Fonte: http://www.jornalacidade.com.br/
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