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Ambiente

Risco de chuvas intensas

RS: Estado tem 5 alertas ativos para condições meteorológicas adversas

terça-feira, 28 de maio de 2024
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RS tem três novos alertas do Inmet para chuva intensa, vento costeiro e neve nesta terça-feira

Estado conta com outros dois avisos, válidos desde a noite de segunda-feira (27); todos abrangem principalmente municípios da metade Leste e do Sul

O Rio Grande do Sul tem três novos alertas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) válidos para esta terça-feira (28). No total, há cinco avisos ativos no território gaúcho – dois deles iniciaram ainda na noite de segunda-feira (27). Eles indicam risco de chuva intensa, vento costeiro e neve principalmente em municípios da metade leste e do sul do Estado.

Um dos alertas amarelos sinaliza perigo potencial de chuva intensa e iniciou às 6h, com validade até as 10h desta terça. De acordo com o Inmet, há risco de precipitações entre 20 e 30 milímetros por hora, com vento intenso de até 60 km/h, em cidades do Sudeste e do Sudoeste, como Pelotas, Rio Grande, Candiota, Arrio Grande e Chuí.

Também amarelo, o alerta de neve iniciou às 5h e ficará vigente até o meio-dia, indicando a possibilidade de espessura de até 5 cm. O aviso abrange nove municípios, sendo apenas dois do Rio Grande do Sul – Bom Jesus e São José dos Ausentes – e o restante de Santa Catarina.

O terceiro alerta sinaliza perigo potencial de vento costeiro das 15h01min às 23h59min desta terça, na Região Metropolitana, na Serra, no Nordeste e no Sudeste. Conforme o Inmet, há chance de intensificação das rajadas nas regiões litorâneas, podendo movimentar dunas de areia sobre construções na orla.

Há ainda outros dois alertas para vento costeiro, que estão ativos desde as 21h de segunda e foram estendidos até as 15h desta terça. Um deles é laranja e indica perigo de intensificação do vento nas regiões litorâneas. Abrange toda a costa gaúcha, pegando Litoral Norte, Região Metropolitana e avançando mais ao continente no Sul.

O terceiro aviso de vento costeiro é amarelo e envolve as regiões Sudoeste, Centro, Metropolitana, Sudeste, Nordeste e Serra. O Inmet orienta que, em caso de problemas, a população contate a Defesa Civil pelo número 199.

Condições meteorológicas adversas podem atrasar reconstrução do estado

Segundo o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), a reconstrução das áreas atingidas pelas enchentes deve levar de seis meses a um ano. Drones e imagens de satélite estão sendo usados para analisar as manchas de inundação ao longo de todo o estado. 

"Nós vamos fazer esse diagnóstico, apontar quais foram as casas que foram destruídas, as escolas que foram destruídas, as creches, unidades básicas de saúde, enfim, toda a dimensão planificada dessa destruição se apresenta como um grande desafio para nós estabelecermos minimamente um tamanho do desastre que aconteceu no Rio Grande do Sul", explica o tenente-coronel Rafael Luft.

Depois da identificação das áreas atingidas, os técnicos cruzam informações das bases de dados oficiais com o censo do IBGE, Cadastro Único do governo federal e cadastros de programas estaduais.

Dos 469 municípios atingidos, 224 já foram mapeados. Nessas cidades, a cheia atingiu diretamente 267 mil residências e 109 mil empresas.

O governador Eduardo Leite visitou na manhã de sábado (25) alguns desses municípios. Depois, falou com o Jornal Nacional e estimou um prazo para a reconstrução.

"Para as famílias mais carentes, de baixa renda, que perderam suas casas, a gente está já encaminhando a construção de casas definitivas, em modos construtivos rápidos, que são, por exemplo, blocos de concreto, sempre olhando terrenos que não tenham sido atingidos pelas inundações, sempre olhando uma reconstrução que tem que respeitar essas novas condições climáticas, o novo patamar que o rio tenha alcançado. Então, essa reconstrução precisa ter esse olhar também", disse.

O ministro Paulo Pimenta, que comanda a Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, disse que o governo federal vai ajudar a recuperar escolas, unidades de saúde e rodovias, e vai colocar em prática um programa para reconstrução das casas de quem ganha até R$ 4,4 mil.

"As prefeituras fazem um cadastro, as prefeituras destinam o terreno e o governo federal consegue o valor para compra do imóvel usado. Nós também requisitamos todos os imóveis que estavam para leilão na Caixa Federal e no Banco do Brasil, para fazerem parte desse programa. E vamos também adquirir os imóveis que a iniciativa privada está construindo que se enquadram nessa faixa de valor."

As universidades também ajudam. A professora Alexandra Passuello liderou equipes que mapearam áreas vulneráveis a inundações e deslizamentos em alguns pontos do estado.

"Tem territórios que a reconstrução não vai ser possível. Em outros, a gente tem territórios que a reconstrução vai ter que ser orientada a partir de diretrizes de como as edificações poderão ser construídas de forma que possam ser mais resilientes, tanto nos aspectos materiais, mas principalmente resilientes para que as pessoas não sofram danos fisicos, para que as pessoas possam ser salvas de forma segura e dentro de um tempo adequado."

Na jornada de reconstrução do Rio Grande do Sul, a continuidade das ações de solidariedade e apoio imediato às famílias atingidas será fundamental.

Nesse sábado (25), em uma comunidade no centro de Porto Alegre, uma parceria entre organizações locais e movimentos voluntários com doações de empresas e pessoas físicas garantiu o almoço de muita gente.

"Eu não conseguiria chegar na minha casa, deitar no meu travesseiro e saber que lá fora tem muita gente que precisa e, assim, eu acredito que a outra pessoa que está do outro lado, ela tem que pensar assim também", afirma Mara Nunes, presidente da Mistura Aí.

"Já deu uma reforçada já", diz o pintor Alexandre Alves.

Essa rede de apoio já atua no Rio Grande do Sul desde a chuva de setembro do ano passado. Agora, distribui mais de um milhão de refeições desde o início da emergência. O movimento também entrega kits de higiene, colchões e cobertores.

"Depois que essa água abaixar, ainda temos muitas etapas diante da gente: limpeza, reconstrução. Então, por mais que seja um cenário que perdure por mais de 3 semanas, é importante frisar que o Rio Grande do Sul ainda precisa e ainda vai precisar de muita ajuda", completa o voluntário Vitor Brandão.

Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/ambiente/noticia/2024/05/rs-tem-tres-novos-alertas-do-inmet-para-chuva-intensa-vento-costeiro-e-neve-nesta-terca-feira-clwqb6iew0008013ucfiawgpb.html + https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2024/05/25/governador-do-rio-grande-do-sul-estima-que-reconstrucao-das-areas-atingidas-demore-ate-um-ano.ghtml

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