Serpente é capturada e recolhida em condomínio de Porto Alegre
Moradores de um prédio no bairro Azenha, em Porto Alegre, passaram por uma situação inusitada nesta sexta-feira (11). Uma serpente foi recolhida do condomínio por equipes da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) no início da tarde. Segundo o órgão, moradores relataram que o animal fora visto pela primeira vez ainda na semana passada e havia permanecido em arbustos do terreno.
A bióloga Renata Vieira, que trabalha no projeto de conservação de fauna silvestre da secretaria, participou do resgate. Quando os profissionais chegaram ao endereço, na Rua Nunes Machado, um funcionário do prédio já havia colocado a serpente dentro de uma garrafa pet. Os profissionais retiraram o animal e analisaram seu estado de saúde. Como não havia perigo de envenenamento, a cobra foi levada pela Smam e devolvida ao ambiente natural. A atitude tomada pelos moradores, segundo Renata, não é recomendada nestes casos.
"O correto é que as pessoas não façam esse manejo sozinhas. O animal vai tentar se defender. Pode ser que ele não queira machucar, mas isso pode acontecer. Nos casos de serpentes, é muito comum a gente chegar à residência e ela já ter saído, se escondido. Elas não ficam muito tempo no mesmo local", pontuou ao G1.
De acordo com a Smam, a cobra encontrada tinha cerca de 1,2 m de comprimento e pertencia à espécie popularmente conhecida como "cipó-listrada", que pode atingir até 1,5 m. O animal possui veneno, mas não é famoso por ataques a humanos. “Ela tem uma peçonha, mas é diferente de jararacas, por exemplo. Não é comum que aconteçam acidentes. Dificilmente ela entra em contato com humanos. É menos agressiva e vive mais em árvores, então esse contato não ocorre com frequência”.
O resgate desta sexta-feira é o quarto realizado pela equipe neste ano. Renata aponta que o projeto não consegue auxiliar em todos os casos, pois o setor contém duas biólogas para atendimento das solicitações. Em algumas ocasiões, as orientações são dadas através de telefone. Outra opção da população é ligar para o Batalhão Ambiental da Brigada Militar na capital gaúcha. Se houver necessidade de remoção do animal, o Corpo de Bombeiros é chamado para auxiliar na operação.
O aparecimento de serpentes é comum na cidade, conta a bióloga. As aparições, no entanto, acontecem geralmente entre a primavera e o verão.
“Com o crescimento das construções, os animais acabam ficando isolados em áreas verdes. Na questão das serpentes, não é muito comum elas aparecerem no inverno, elas têm uma atividade reduzida nessa época. Não tem nenhuma região da cidade que a gente não tenha atendido desde 2008, quando o setor foi inaugurado. No caso de hoje (sexta), acreditamos que ela possa ter chegado até lá escondida em algum veículo”.
Para entrar em contato com o setor de fauna silvestre, o telefone é o (51) 3289 7500. No caso da Brigada Militar, o número é (51) 3326 1165.
Fonte: http://www.cbnfoz.com.br/
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