Área de convivência
Construtoras apostam em espaços de bar em condomínios
Um espaço para chamar de seu e confraternizar com os amigos
O conforto e segurança dos home bars sempre atraíram as pessoas a reservar um cantinho para esse espaço na decoração de suas residências. Atentos a essa preferência, as construtoras já incluem locais exclusivos para degustação de drinques em suas áreas de lazer. Especialistas explicam como essa estrutura vem ganhando novas funções e dão dicas para não errar na hora de criar um espaço para o prazer etílico.
Ter um bar em casa sempre esteve em alta, mas essa tendência vem mudando de acordo com o tempo, como explica a arquiteta Cristiane Grossi. Segundo ela, a estrutura agrada principalmente pessoas que gostam de receber amigos em casa.
“Os bares voltaram a ter evidência também por conta dessa nova tendência de se ter um espaço gourmet para testar receitas com os amigos. Além do fato de termos hoje um aumento da violência e as pessoas preferirem fazer programas em casa. A diferença é que agora esse espaço se caracteriza como um apoio para as refeições”, explica a arquiteta.
Apreciar e confraternizar com bebidas no conforto e segurança de casa já é inclusive uma realidade prevista nos empreendimentos, como explica Naum Ryfer, diretor da construtora Pinto de Almeida. Ele lembra ainda que as estações frias ficam mais convidativas, principalmente para os apreciadores de vinho.
“Um dos espaços campeões nessas épocas é o Wine Bar. Em nosso empreendimento recém-lançado, “Quintas Icaraí”, esse local é decorado em estilo rústico e dotado de uma adega climatizada, perfeito para reunião de amigos e dando a sensação de estar em um verdadeiro ‘Cave à vin’. Nosso Wine Bar possui ainda mesas em design de barril de vinho, paredes rústicas com detalhes em pedras, adega climatizada e toda a decoração ao estilo de um ‘cave’ francês”, ressalta Naum.
O investimento é relativo, mas existem projetos para todos os bolsos e perfis de cliente, segundo a designer de interiores Gloria Copello. “Os bares do passado se resumiam em algum cantinho da sala ou uma bandeja bonita com taças e garrafas de uísque em cima de um aparador. Hoje temos uma área de grande utilidade para lazer e encontro de pessoas queridas e aconchegantes bate-papos. Num projeto maior podemos chamar até mesmo esse local de espaço gourmet”, ressalta a designer.
A bebida apreciada também pede adaptações especiais. Assim, dependendo da preferência do morador, o projeto do ambiente muda, se adequando à armazenagem e apreciação do produto predileto, como explica o arquiteto Fábio Bouillet.
“Vinhos precisam de uma temperatura controlada, coisa que uísque não necessita, por exemplo. Além disso, cada bebida tem um astral. Vinho, geralmente, é bebido por um ou dois casais, enquanto o uísque é mais solitário, ou apreciado por duas pessoas. Mas quando se trata de cerveja e drinques é preciso ainda mais espaço, pois estes costumam ser consumidos em grupo”, explica Fábio.
No caso de quem pensa em criar uma adega em casa, é preciso estar atento ao tamanho do equipamento e, se possível, contar com uma mesa de apoio para servir uma refeição ou aperitivo que acompanhe a bebida, como ensina a arquiteta Ciça Ferracciú.
“Contar com uma marcenaria tipo bar que acomode adega tem a vantagem de criar um cantinho charmoso que também pode servir de apoio para receber convidados. Um item de decoração superlegal, e que os apreciadores de vinho gostam muito, é utilizar um recipiente – que pode ser na própria marcenaria ou mesmo um vaso – para guardar as rolhas, conforme os vinhos forem abertos, o que fica ainda mais legal, se as pessoas anotarem o dia da confraternização na rolha, como lembrança”, ensina Ciça.
?Um home bar não tem segredo, mas é preciso ficar atento aos detalhes, principalmente por quem cria o espaço sem ajuda profissional, como explica o arquiteto Rodrigo Jorge.
“Geralmente se erra na iluminação, normalmente muito forte, como em uma cozinha. É preciso ter luz no local de preparo dos drinques, mas não em tudo. Outro ponto a se observar é do espaço de ventilação das caves, adegas e geladeiras. Os equipamentos não podem ficar confinados, pois, assim, não funcionam bem”, conclui
Fonte: http://www.secovirio.com.br/