Condomínio diz que invasão está em área de preservação e aciona a polícia
Integrantes do MTST ocuparam terreno na Zona Sul de SP no sábado. Moradores de prédio vizinho registraram boletim de ocorrência, diz síndica.
Moradores de um condomínio na região do Morumbi, Zona Sul de São Paulo, que fica ao lado de um terreno invadido pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) no sábado (9), procuraram a Polícia Civil para denunciar a ocupação de parte da área verde pertencente ao prédio, que é de preservação ambiental.
As barracas foram erguidas em menos de 12 horas próximo ao cemitério Gethsemani, por integrantes do MTST que moram no Jardim Colombo e em bairros próximos, como Paraisópolis e Monte Kemel. O movimento afirma que o terreno está em uma Zona Especial de Interesse Social (Zeis), onde é permitido construir moradias populares, mas os moradores discordam.
"A gente fez um boletim de ocorrência quando a gente viu os invasores entrando no nosso terreno e pegando as estacas das árvores que estão plantadas lá, que são de preservação ambiental. São árvores que estão sob a responsabilidade do condomínio e nós somos obrigados a mantê-las lá", relatou a síndica dos prédios Claudete de Souza.
A subprefeitura do Butantã informou que cerca de 150 integrantes do MTST estão no terreno, mas que a Defesa Civil monitora a área para evitar que outros invasores montem barracas no local, que podem ser vistas das varandas dos apartamentos. Os moradores estão preocupados com a segurança dos condôminos e das famílias que invadiram a área vizinha ao condomínio.
"A principal preocupação é a nossa segurança, mas a gente também tem a preocupação que ocorra algum caso grave de acidente que vá afetar não só a vida deles, mas a nossa também. Há 25 anos o terreno era ocupado por moradores da favela Nova República. Em 1989, entretanto, um deslizamento de terra provocou a morte de 14 pessoas, entre elas 12 crianças.
Segundo a Prefeitura, São Paulo tem falta de 230 mil moradias e que pretende entregar 55 mil até 2016. A prioridade, no entanto, não é para quem está na área de invasão, ainda de acordo com a administração, que segue a ordem no cadastro municipal, atualmente com 130 mil famílias com dados atualizados.
Fonte: http://g1.globo.com/
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