Áreas comuns
Condomínios pelo BR começam a fechar espaços
[19/03/2020] Em condomínios, ordem é fechar espaço comunitário
Piscina, salão de festas e espaços comunitários foram proibidos de serem usados
Nas casas e apartamentos de condomínios, seu espaço particular é só mesmo entre quatro paredes. Porta afora a regra é prezar pelo bem comum. Síndicos de Campo Grande estão desde terça-feira (17), deixando avisos, recomendações e proibições quanto ao uso das áreas comuns, tudo isso para evitar a transmissão do coronavírus.
"Não é uma ordem, é uma prevenção", assim resume a síndica Sandra Faleiros, de 50 anos, que está à frente de 228 apartamentos no bairro São Francisco. "Aqui é tudo em comum, um apartamento do lado do outro, um embaixo do outro, então tem que prevenir", conscientiza.
Por tempo indeterminado foram suspensas festas e reuniões no salão, na área gourmet e na churrasqueira, por serem espaços que comportam mais pessoas e, logo gera aglomeração. Também não está permitida permanência de visitantes nos espaços. Sobre descer nas áreas abertas, como piscina, por exemplo, Sandra diz que cabe a cada morador. "Vai da conscientização dele. A maioria das pessoas estão dentro dos apartamentos, mas é muito difícil quando se mora em coletivo".
Além do álcool gel disponibilizado na porta dos elevadores, a limpeza do hall de entrada e também dos elevadores passou a ser feita duas vezes ao dia.
Com 768 apartamentos nas costas, Luiz Fernando Villar, de 48 anos, é síndico de um condomínio na região do Parque do Sóter. O condomínio fazia uso de biometria para entrada de carros, mas suspendeu. "Só deixamos entrar por tag, e na entrada de pedestes, mantivemos, o pedestre usa a biometria, mas tem um álcool gel do lado para higienizar as mãos".
A determinação ali também foi de fechar tudo: piscina, brinquedoteca, salão de festas. "Está tudo parado, tudo, cancelamos todas as festas, mas é pelo bem comum, claro. Temos que proteger todo mundo, temos bastante idosos, que é um pessoal do grupo de risco", completa Luiz.
Orientações
Médica infectologista, Carolina Neder reforça que o primordial neste momento de isolamento é evitar que todo mundo fique doente ao mesmo tempo. A recomendação em relação ao uso de espaços comuns, como elevador, por exemplo, é de evitar aglomeração. "Não entrar todo mundo junto, usar álcool gel e se alguém estiver com sintoma respiratório, é melhor não sair de casa", diz.
Apesar da suspensão de aulas e medidas como home office para alguns trabalhadores, é preciso frisar que a condição de isolamento não significa "férias". "A gente tem que fazer por nós e pelo outro. Você não está no grupo de risco? Ok, mas nada garante que você não vá ter algum sintoma grave. A gente não tem essa garantia, temos que prevenir", finaliza Carolina.
[19/03/2020] Condomínios restringem uso de academias, piscinas e salões de festas para impedir propagação do coronavírus
Medidas preventivas já foram tomadas por vários condomínios da capital potiguar
Alguns condomínios de Natal têm tomado medidas de prevenção para impedir a propagação do coronavírus. Fechar academias, proibir reservas de churrasqueira e salão de festas e intensificar a limpez\a de maçanetas e corrimãos são algumas das medidas adotadas.
“São medidas necessárias que a administração vem tomando. Os moradores estão aprovando, alguns ainda mais resistentes por causa de medidas como fechar a academia, por exemplo, mas de um modo geral, estão aprovando”, disse Mara Mantonvani, síndica de um condomínio na Zona Sul de Natal.
Outro condomínio também na capital potiguar impediu a entrada de entregadores nas dependências dos prédios. “Fica proibida a entrada de entregadores de farmácias, restaurantes etc, devendo o condômino resgatar as encomendas na Portaria”, diz o comunicado.
Alguns condomínios de Natal têm tomado medidas de prevenção para impedir a propagação do coronavírus. Fechar academias, proibir reservas de churrasqueira e salão de festas e intensificar a limpez\a de maçanetas e corrimãos são algumas das medidas adotadas.
“São medidas necessárias que a administração vem tomando. Os moradores estão aprovando, alguns ainda mais resistentes por causa de medidas como fechar a academia, por exemplo, mas de um modo geral, estão aprovando”, disse Mara Mantonvani, síndica de um condomínio na Zona Sul de Natal.
Outro condomínio também na capital potiguar impediu a entrada de entregadores nas dependências dos prédios. “Fica proibida a entrada de entregadores de farmácias, restaurantes etc, devendo o condômino resgatar as encomendas na Portaria”, diz o comunicado.
Documento norteia medidas tomadas por condomínios
O Instituto de Medicina Tropical da UFRN elaborou um documento com uma série de recomendações de medidas a serem adotadas em condomínios verticais. Dentre as recomendações, está também a de fechar o acesso a parquinhos infantis e equipamentos das áreas de lazer. Confira algumas das recomendações:
- A administração de disponibilizar de álcool gel para higiene das nas áreas comuns do condomínio e outros insumos (detergente, álcool líquido a 70%, água sanitária) para limpeza das áreas comuns;
- Limpeza diária (2 turnos, se possível) de portas, maçanetas, corrimãos, banheiros, pias, torneiras, etc – com detergente, álcool líquido a 70% ou hipoclorito de sódio. A equipe de higienização deve ser treinada e alertada para a nova situação;
- Incentive fortemente o uso do álcool gel 70% antes e imediatamente após o acionamento digital das cancelas de acesso ao condomínio. Cada condômino deverá portar o seu próprio álcool, pois não há como disponibilizá-lo nas cancelas e lavar as mãos com água e sabão, assim que possível;
- Consulte a empresa responsável pelos equipamentos de acesso, sobre qual é a maneira mais indicada para desinfecção do leitor digital do seu condomínio, a fim de que não os danifique com usando o material inadequado;
- Proceda a limpeza periódica desses locais, de acordo com essas recomendações;
- Reveja o calendário de festas, reuniões, assembleias presenciais! Realizá-las, nesse momento, é altamente desaconselhável;
- Feche, temporariamente, o acesso aos parquinhos infantis, equipamentos das áreas de lazer (sinuca, totó, etc). Oferte outras alternativas às crianças e aos adolescentes;
- Feche o acesso à academia! É um local de risco de transmissão e consumirá boa parte dos insumos, que ficarão escassos no mercado;
- A piscina só deve ser usada por poucos, simultaneamente (reavalie o fechamento, de acordo com o caminhar da situação).
[18/03/2020] Prédios residenciais começam a fechar áreas comuns por causa do coronavírus
Especialistas entendem que, na situação de emergência, síndico pode tomar decisão mesmo sem assembleia. Para Secovi-SP, questão é de bom senso entre moradores
Piscina, parquinho, salões de festa... áreas comuns de prédios residenciais estão começando a ser fechadas como medida preventiva para o contágio do novo coronavírus no Brasil.
"Nada de muita gente junta no mesmo ambiente. É para o síndico fechar academia, piscina, brinquedoteca... Parquinho ao ar livre é a última área a ser fechada, mas deve fechar tudo", disse Marcio Rachkorsky, especialista em condomínios, no SPTV1.
Rachkorsky afirma que, pelo mesmo motivo, festas e churrascos devem ser cancelados: “Tem muita gente chiando, mas tem que cancelar.”
A mesma orientação vale para assembleias de condomínio e reuniões presenciais. Na última segunda (16), o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) recomendou que elas sejam evitadas.
Síndico pode fechar áreas?
"O síndico tem a obrigação de zelar pelo bem estar do condomínio e isso inclui a autonomia de vedar o uso de áreas comuns do condomínio durante períodos emergenciais, como o que vivemos", disse Ronaldo Coelho Neto, vice-presidente administrativo do Secovi Rio.
“O normal é que se faça uma assembleia, com quórum [número suficiente de moradores para deliberar]. Mas como fazer isso se estamos recomendando que assembleias sejam adiadas?”, observou.
O Secovi-SP entende que não cabe ao condomínio proibir a utilização dos espaços, devendo, no entanto, manter as áreas limpas e esterilizadas.
"Cumpre esclarecer que, neste momento, caberá ao bom senso dos condôminos e moradores a evitarem o máximo situações favoráveis ao contágio, devendo aqueles que resolverem utilizar as áreas comuns como academias deverão fazer uso das medidas de higiene já citadas", disse, em nota, Ingrid Ferreira da Silva Gomes, advogada e assessora jurídica do Secovi-SP.
“Síndico representa condomínio jurídica e civilmente. É ele quem responde em ações judiciais e tributárias", aponta Coelho Neto. “Uma eventual negligência pode ser contra ele. O certo é convocar assembleia, mas estamos recomendando acabar com aglomerações porque é um caso emergencial.”
Rachkorsky foi questionado por um telespectador do SPTV1 sobre casos de morador em quarentena: o síndico pode proibir quem está nessa situação de sair de casa? Segundo o especialista, o síndico não ter poder de polícia, ele pode apenas recomendar não sair.
"A consciência é sua: talvez você possa pedir para alguém ir ao mercado para você, pedir a um vizinho...", sugeriu.
Evitar aluguel temporário
Para Rachkorsky, mesmo o aluguel de curto prazo, como o promovido por aplicativos como Airbnb, devem ser canceladas. “Já pensou, você toma todos os cuidados e, a cada dia, chegam 15, 20 hóspedes diferentes, você não sabe se onde vêm", alerta.
O Airbnb lançou uma política para facilitar cancelamentos em meio à pandemia.
Lojas em prédios residenciais
Em prédios que tenham algum tipo de comércio nas dependências, o síndico não tem autonomia para fechar esses lugares, disse Coelho Neto, do Secovi Rio.
“A loja está exercendo atividade dentro do espaço que lhe compete, e o síndico não tem poder de obrigar um comerciante a fechar. Mas pode fazer recomendações, acho que deve”, completou.
Orientações a funcionários
Para o representante da Secovi Rio, síndicos e as administrações precisam passar recomendações para a equipe que trabalha nos condomínios.
Os porteiros devem fazem higiene quando recebem pessoas, lavando as mãos e usando produtos antissépticos. Síndicos também têm que fornecer e incentivar que os profissionais de limpeza façam uso dos equipamentos de proteção individual (EPI), disse Coelho Neto.
Além disso, é preciso ter cartazes com orientações nas áreas comuns e intensificar procedimentos de limpeza, várias vezes ao dia.
"Tem que ter álcool em gel disponível na portaria, incentivar e determinar maior higienização dos elevadores, pisos e portas. Estimular uso das escadas e evitar o uso do elevador com muitas pessoas”, afirmou Neto.
Prédios que têm serviços de manobrista devem fornecer produtos para limpeza durante a manobra, aconselhou.
E se tiver um caso confirmado?
De acordo com porta-voz da Secovi Rio, é preciso comunicar o condomínio se um caso de coronavírus for confirmado, sempre mantendo a privacidade da pessoa que está doente.
“Se souber de um caso no prédio, deve ser alertado sem dizer quem é. É importante alertar para os cuidados que todo mundo tem que ter. Prevenção é fundamental: não adianta o síndico fazer o trabalho sozinho, os moradores têm que tomar cuidados também”, explicou.
[18/03/2020] Piscina, academia, salão de festas: condomínios restringem uso de áreas comuns em Ribeirão Preto
Síndica no Jardim Nova Aliança Sul, em Ribeirão Preto (SP), Marcela Marques Ferreira colocou frascos de álcool em gel em diferentes partes do condomínio para estimular os moradores a se protegerem do novo coronavírus (Covid-19).
Mas as medidas contra o avanço da doença não param por aí. A fim de minimizar ao máximo as chances de infecção, ela proibiu, a partir desta terça-feira (17), que os moradores utilizem áreas comuns como o salão de festas, quiosques com churrasqueiras, piscina e academias.
"Essas medidas foram tomadas para prevenir. A gente ainda não sabe o que está acontecendo. A gente não sabe a proporção que isso vem tomando. Para prevenir para que não prolifere dentro e fora do condomínio, a gente resolveu tomar essas medidas", diz.
Segundo balanço divulgado nesta terça-feira pela Secretaria Municipal de Saúde, Ribeirão Preto tem 32 casos de coronavírus ainda sob suspeita e outros 13 descartados, sem nenhuma confirmação. No estado de São Paulo, onde foi confirmada a primeira morte em função da doença, são 301 registros confirmados pelas autoridades.
Fora dos condomínios, as restrições de circulação de pessoas impactam o funcionamento de diferentes locais:
- repartições públicas
- shoppings
- centros culturais
- universidades
Sem piscina e sem quadra
Depois de instalar frascos de álcool em gel, o síndico Thiago Oliveira Alves reforçou as medidas em um condomínio no Jardim Ipiranga, zona norte da cidade. Seguindo as recomendações da administradora, ele restringiu o uso de algumas das áreas comuns por questão de segurança.
"Piscina por enquanto fechada, a quadra fechada e a área de lazer por enquanto a gente está mantendo para os moradores que estiverem insistindo, mas a administradora já orientou a fechar também", diz.
A maior preocupação, segundo ele, está nos moradores idosos, já orientados a permanecerem nos apartamentos. "A gente não conhece essa doença a fundo ainda, então é bom a gente prevenir pra não ter problema aqui no condomínio."
Fontes: https://g1.globo.com/ e https://www.campograndenews.com.br/