São Caetano registra terceiro arrastão a condomínio em 3 meses
Bandidos invadiram ontem prédio residencial de classe média no bairro Fundação, em São Caetano. Três pessoas foram mantidas reféns durante a ação, que durou cerca de uma hora e meia. Ninguém ficou ferido. Essa foi a terceira ocorrência de arrastão a condomínios em pouco mais de três meses.
Por volta de 15h, um Honda Civic entrou no imóvel pelo portão que dá acesso à garagem. A quadrilha possuía controle que acionou a abertura da barreira. Após o carro estacionar, dois criminosos foram em direção à escada de emergência, por onde subiram até o sétimo andar. O veículo, então, deixou o condomínio e, pouco depois, retornou trazendo outros dois bandidos.
No sétimo andar, uma mulher e sua filha foram mantidas reféns. A quadrilha invadiu outro apartamento no andar de baixo, que estava vazio no momento da ocorrência. Ao todo, o grupo levou um celular e R$ 220 em espécie, segundo a PM (Polícia Militar).
Ao verificar movimentação estranha, uma moradora do sexto andar desceu até a portaria e avisou o zelador. Ao invés de chamar a polícia, o funcionário subiu para ver o que estava acontecendo e também foi rendido. A PM só foi acionada depois, quando o síndico chegou ao prédio e percebeu que algo estava errado. Quando os policiais chegaram, no entanto, os marginais já haviam ido embora no mesmo Honda Civic.
O coordenador operacional do 6º Batalhão da PM, capitão Robinson Castropil, criticou a atitude do zelador, que optou por agir por conta própria. “Se ele tivesse nos chamado, chegaríamos a tempo de pagar os criminosos. Nossa base fica a 250 metros daqui.” A polícia irá investigar se algum funcionário ou prestador de serviço ajudou a ação dos bandidos. “Temos que descobrir de onde veio esse controle que possibilitou a abertura do portão”, acrescentou. Até o fechamento desta edição, ninguém havia sido preso.
No início do mês, o secretário de Segurança de São Caetano, o coronel da reserva da PM José Quesada, se reuniu administradores e moradores de condomínios da cidade para fornecer orientações de como evitar ações criminosas nos prédios. No entanto, segundo Castropil, apenas 15 pessoas compareceram ao encontro, realizado no teatro Paulo Machado de Carvalho.
Fonte: http://www.dgabc.com.br/
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