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Segurança

Arrastão no interior

Seis unidades de condomínio são roubadas em Baruru (SP)

segunda-feira, 20 de julho de 2015
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Seis apartamentos são alvo de ‘arrastão’ em Bauru

Criminosos entraram em 2 condomínios da zona sul no mesmo dia
 
A segurança de condomínios da zona sul de Bauru foi, mais uma vez, driblada pela audácia de criminosos. Em uma mesma tarde, dois edifícios residenciais de alto padrão, separados por uma distância de apenas 2,5 quilômetros, foram alvos de “arrastões”.
 
Devido à proximidade de local e horário, bem como à semelhança do modo de ação, a polícia acredita que os moradores tenham sido vitimados pelo mesmo grupo – possivelmente uma quadrilha especializada, oriunda de outra cidade.
 
Joias, dinheiro, relógios, óculos e eletroeletrônicos de última geração foram levados após o grupo, estimado em cinco pessoas, se certificar de que não havia ninguém nos imóveis e arrombar as portas. O prejuízo total nos seis apartamentos invadidos ainda não foi divulgado. Mas, somente de um deles, teriam sido levados cerca de R$ 40 mil em joias.
 
A Polícia Civil não descarta a hipótese de os criminosos também serem integrantes do mesmo bando que agiu em outros dois condomínios de Bauru, em maio. Na ocasião, os suspeitos se passaram por um corretor de imóvel e clientes interessados em locar apartamentos vagos.
 
Na última quarta-feira (15), dois dias depois de um roubo à residência de um policial militar em condomínio fechado, os ladrões agiram à luz do dia e também tiveram passagem livre pelas portarias. Até o fechamento desta edição, a Polícia Civil não precisou como eles conseguiram driblar a segurança dos edifícios.
 
“O que imaginamos é que, por meio de algum tipo de argumentação, tenham conseguido convencer a equipe que estava na portaria a autorizar a entrada”, pontua o delegado Eduardo Herrera, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG).
 

A ação

O primeiro a ser invadido, por volta das 16h, foi um prédio de 17 andares localizado na região da Vila Universitária, em que dois apartamentos foram furtados. Pouco tempo depois, foram alvos quatro imóveis de um edifício também de 17 andares, que fica na região dos Altos da Cidade, nas proximidades do cruzamento entre as avenidas Duque de Caxias e Nações Unidas.
 
Uma das moradoras afirmou ter ouvido relatos de que a quadrilha ingressou no residencial após se apresentar como corretor e possíveis compradores, mas a informação não foi confirmada pela polícia. Já no interior do prédio, os ladrões teriam batido à porta dos apartamentos para constatar que não havia ninguém.
 
Como estratégia para justificar a abordagem aos moradores que atenderam o grupo, ofereceram folhetos religiosos. Um deles (uma mulher) tinha sotaque espanhol, conforme descreveram testemunhas à polícia.
 
Trata-se de um modo de ação que não foi confirmado no primeiro arrastão do dia. Mas, nos dois edifícios, os bandidos danificaram o miolo da fechadura das portas para ter acesso aos apartamentos, após identificar quais estavam vazios.
 
A preferência, segundo Herrera, foi dada aos imóveis localizados nos andares mais altos, inclusive às coberturas. “São, justamente, onde tendem a morar as pessoas com maior poder aquisitivo. É uma forma de aumentar as chances de obter maior lucro com o crime, já que o plano era levar itens pouco volumosos em mochilas e sacolas, para que saíssem sem serem notados”, pontua.
 

Imagens mostram ação tranquila da quadrilha

 
O Jornal da Cidade teve acesso a duas gravações em vídeo dos suspeitos, registradas por câmeras do circuito interno de segurança do segundo prédio furtado. Uma delas mostra duas mulheres de cabelos claros e dois homens, todos jovens e bem vestidos, dentro do elevador. Um dos rapazes entra tomando uma garrafa de cerveja, que teria, inclusive, sido furtada de um dos apartamentos. 
 
Na sequência, na frente do edifício, uma terceira mulher entra no prédio e sai logo depois, acompanhada do mesmo grupo do elevador, dando a impressão de estar dando cobertura aos demais. Um dos homens carregava uma mochila nas costas e uma mulher, uma sacola nas mãos. Eles se abraçam e seguem caminhando pela calçada. A ação durou cerca de 15 minutos.
 
Os crimes só foram percebidos quando os moradores começaram a retornar para casa.
 
Até essa quinta-feira (16), a Polícia Civil ainda não havia recebido as imagens do sistema de monitoramento interno do primeiro residencial furtado na última quarta (15).

 

Vítima reclama de falta de segurança de prédio

Uma das vítimas do arrastão registrado nessa quarta, o proprietário de um duplex do edifício localizado na região dos Altos da Cidade reclama da falta de segurança no condomínio. Ele não estava em casa quando o imóvel foi invadido e perdeu todos os bens que estavam dentro de um cofre, que foi arrombado.
 
“Quem entrou é profissional. Da parte de baixo do apartamento, não mexeram em nada. Mas, no andar de cima, arrebentaram o cofre e levaram dinheiro, joias, cheques e documentos”, enumera, sem, no entanto, revelar valores.
 
Segundo o proprietário, a empresa administradora do condomínio, até ontem, não havia prestado qualquer esclarecimento às vítimas e já vinha sendo alvo de reclamações por aumentar o valor do condomínio sem garantir maior segurança ao edifício. “Temos apenas um porteiro, que, se precisar ir ao banheiro, tem de deixar a portaria aberta para que os moradores possam entrar. Precisamos de, pelo menos, dois funcionários para cuidar da circulação de pessoas na entrada”, observa.
 
Os dois edifícios furtados estavam em reformas
 
Embora os criminosos tenham entrado pela portaria nas duas invasões, chama atenção o fato de ambos os residenciais estarem em reforma, um detalhe que pode ter sido usado como critério de escolha para ajudar os invasores a passassem despercebidos.
 
“Mas isso é só uma hipótese, porque os criminosos foram, de fato, autorizados a entrar nos prédios”, salienta o delegado Eduardo Herrera.
 
A reportagem entrou em contato com o advogado da empresa que presta serviços de portaria e limpeza para o condomínio da região dos Altos da Cidade, Daniel Lini Perpetuo. Ele esclareceu que a portaria funciona 24 horas ao dia, porém, a empresa não é responsável pela segurança patrimonial do local, bem como serviço de monitoramento de câmeras.
 
Segundo Daniel, a porteira que trabalhava no momento dos furtos afirmou que os desconhecidos que entraram no prédio estavam sempre acompanhados de ao menos um morador e que é proibido o acesso de pessoas sem serem devidamente identificadas.
 
Disse, ainda, que uma obra está sendo executada no edifício e, devido a isso, o portão costuma permanecer aberto para o acesso dos funcionários da construtora. “Nesse caso, a responsabilidade é do síndico”, observou Daniel.
 
O JC falou por telefone com o síndico. Ele confirmou que parte do reboque do muro caiu e o reparo está sendo feito. Não respondeu, contudo, sobre o fato de o portão ficar aberto durante a obra e não forneceu o nome inteiro à reportagem. 
 
O prédio da região da Vila Universitária também está em reformas para ampliação da guarita. Da mesma forma que o primeiro, também permanece com o portão de entrada de veículos aberto.
 
A empresa que presta serviços de portaria para o edifício foi contatada, mas informou que não iria se manifestar sobre o ocorrido. A reportagem tentou falar com o síndico do condomínio, que estava em reunião e não retornou o contato.
 

Quadrilha pode já ter agido em Bauru

Criminosos entraram nos condomínios pela portaria; imagens de segurança mostram os suspeitos, com a “cara limpa”, tranquilamente no elevador e ainda se despedindo na saída do prédio
 
A Polícia Civil acredita que a quadrilha que agiu anteontem possa ser a mesma que furtou vários objetos valiosos de dois apartamentos de edifícios diferentes, também na zona sul de Bauru, no feriado do Dia do Trabalhador, em maio deste ano.
 
Na ocasião, eles se passaram por um corretor e clientes supostamente interessados em locar imóveis vagos dos prédios, que dispõem de serviço de portaria. Ao menos quatro pessoas participaram da ação. Valores levados, contudo, não foram divulgados pela polícia.
 
“Neste outro crime (nessa quarta-15/07), os bandidos agiram igual, de forma não esperada pelos moradores. Eles chegam com a naturalidade de alguém que mora no local e, assim, não levantam suspeita alguma”, relatou o delegado Eduardo Herrera, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG).
 
“Pode ter ocorrido uma falha na portaria, uma vez que a quadrilha, com certeza, utilizou-se de meio ardiloso para ter acesso ao prédio, como informações, talvez, privilegiadas, assim como ocorreu no caso dos furtos em maio”, destaca o delegado.
 
Herrera também trabalha com a hipótese de o bando ser de outra região, já que os integrantes não se preocuparam em esconder o rosto, embora soubessem da presença das câmeras de monitoramento em ambos os edifícios.
 
“Trata-se de uma quadrilha especializada, possivelmente de outra cidade. Raramente deixam rastros técnicos que colaborem com a investigação”, finaliza.
 
Nessa quarta (15) e quinta (16), a Polícia Civil esteve nos apartamentos invadidos em busca de provas e impressões digitais que possam levar à autoria dos crimes. Nos próximos dias, vítimas e testemunhas deverão ser ouvidas por Herrera, delegado que preside o caso.
 
“Há, ainda, algumas diligências a serem feitas, mas que, para não atrapalhar o andamento das investigações, não podemos divulgar”, completa.
 

Segurança

Para evitar que novas ocorrências do tipo sejam registradas na cidade, ele destaca ser importante que os condomínios reforcem suas orientações de segurança para as equipes de portaria e limpeza, bem como aos moradores. “É importante dificultar ao máximo o acesso de pessoas no interior dos edifícios, seja nas áreas comuns ou privadas. E esta atenção precisa ser mantida o tempo, seja durante o dia ou à noite, e independentemente da aparência das pessoas”, recomenda.
 

Clima de tensão

 
Uma moradora do edifício da região dos Altos da Cidade, que não quis se identificar, comentou sobre grande movimentação na portaria do prédio, no final da tarde de anteontem. “Soube dos furtos e confesso que fiquei surpresa. Não imaginava que alguém pudesse entrar tão facilmente aqui”. 
 
Já um morador do prédio da Vila Universitária conta que o clima no condomínio, após os furtos, é de tensão. “Estão todos muito apreensivos. Mas, o quanto antes, será preciso rediscutir a segurança do prédio, que conta com oito câmeras, porteiros... Mas falta investir em treinamento de funcionários”, avalia.
 

Roubo e furto de carro de luxo

Os furtos a três apartamentos anteontem aconteceram dois dias após roubo à residência de um policial militar, localizada em um condomínio fechado próximo ao Joaquim Guilherme (região sudoeste da cidade). O PM foi algemado e a esposa dele, amarrada com cinto e amordaçada com um pedaço de pano.
 
Dois homens armados com revólver e pistola perguntavam, a todo momento, quem seria o gerente de um banco e onde estariam dinheiro e joias. Existe a possibilidade de eles terem errado a casa alvo da ação. Não havia indícios de danos na cerca elétrica do residencial.
 
A dupla levou a arma e parte do uniforme do policial, a carteira com dinheiro e o aparelho celular das vítimas, que não sofreram ferimentos.
 
No dia 30 de maio, à tarde, um carro de luxo avaliado em R$ 170 mil, joias e relógios foram furtados de uma residência dentro de um condomínio de alto padrão, também na zona sul de Bauru.
 
 

Fonte: http://www.jcnet.com.br/

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