Assassinato de morador
Ação em Canoas teve reféns, disfarces e invasão por tag
Com toucas ninja e fuzis, grupo invade condomínio e mata homem em Canoas
Vítima foi identificada como Paulo Augusto Arruda Hoff, condenado por assalto a banco com reféns em 2013, em Sarandi. Entrada dos quatro homens no condomínio foi registrada por imagens de câmeras de segurança
Um homem foi morto a tiros dentro do prédio onde morava, em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, na manhã desta sexta-feira (15). Imagens de câmeras de segurança do condomínio mostram quatro homens entrando no prédio com toucas ninja, roupas camufladas e pelo menos dois fuzis. A Polícia Civil faz buscas pelos suspeitos.
A vítima foi identificada como Paulo Augusto Arruda Hoff, de 39 anos. De acordo com a Polícia Civil, ele havia sido condenado e cumpria prisão domiciliar por participação em um assalto a banco em Sarandi, em 2013.
Nesse crime, os assaltantes fizeram um cordão humano com reféns e usaram uma viatura da Brigada Militar durante a ação. O homem também era acusado de porte ilegal de arma de fogo, formação de quadrilha e dois homicídios dolosos, além de ser indiciado por tráfico de entorpecentes.
Em frente ao apartamento da vítima, a polícia encontrou cápsulas de pistola e fuzil, além de sinais de arrombamento da porta. Imagens das câmeras mostram os quatro suspeitos entrando no condomínio com uma tag (espécie de cartão que funciona como chave eletrônica).
De acordo com o delegado Robertho Peternelli, do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa de Canoas, além das buscas pelos suspeitos, a investigação deve ouvir testemunhas e buscar reconhecimento facial pelas imagens, além de vestígios na cena do crime.
A suspeita é de o homicídio tenha sido motivado por briga de facções. O irmão da vítima, segundo a Polícia Civil, já havia sido vítima de uma tentativa de homicídio no passado.
"Foi uma ação muito rápida, em que eles mostraram um nível de preparação para agir. Pelo que levantamos, os suspeitos tinham furtado uma bolsa há um tempo e ficaram com a tag para entrar no prédio", explica.
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