Ataque de capivara
Morador de condomínio no DF levou 40 pontos
Morador de condomínio às margens do Lago Paranoá é atacado por capivara
O caso ocorreu na manhã do último domingo (21/2). O homem foi encaminhado ao hospital com ferimento nas pernas, na mão, nádegas e virilha
De acordo com outro residente do condomínio, que confirmou o ocorrido, a vítima estava encostada no pier fazendo exercícios no Lago Paranoá, com as pernas dentro d'água, quando o animal atacou. "É comum a aparição de capivaras no condomínio. Tem dias que no gramado perto do deck ficam 20 a 30 capivaras. É um perigo, imagine se fosse uma criança", destacou o morador, que preferiu não se identificar.
Após o incidente, uma placa foi colocada na entrada de acesso ao deck alertando aos moradores sobre possíveis ataques de capivara no lago.
De acordo com o síndico do Life Resort, Renato Rincon, o morador que foi ferido — Fernando Gomes, 40 anos — está bem e em casa. "Ele levou 40 pontos no corpo e precisou tomar vacinas antirrábica e antitetânica", informou Rincon.
Segundo o síndico, o incidente ocorreu por volta das 7h40. "As capivaras geralmente aparecem por aqui a noite ou pela manhã cedo, mas geralmente elas só ficam na orla ou no gramado. Procuramos o Batalhão Ambiental que nos informou que esse ataque é incomum, é possível que ela estivesse com filhote perto ou prenha e se sentiu ameaçada", explicou Renato Rincon.
A esposa de Fernando, Márcia Cristina Lima Diniz, 43, conta que os dois têm o costume de caminhar pela orla e entrar no lago pela manhã, era algo bem corriqueiro. "Estava descendo para encontrar com ele quando me ligaram falando que ele tinha sido atacado. Peguei logo o carro e já socorri e levei ele para o hospital na rede privada, onde demorou três horas para ter os pontos. Depois iniciamos a nossa peregrinação para tomar a antirrábica e antitetânica, mas o soro da antirrábica ainda não conseguimos na rede pública. Amanhã vamos atrás novamente", relata.
Segundo Márcia, o marido contou que foi uma capivara que o atacou. "Uma bem grande e pesada. Se fosse uma mulher não teria sobrevivido", afirma. "O que fica é um alerta. É muito comum que as pessoas entrem no Lago Paranoá, não só no nosso condomínio. É bom ficar atento, porque a capivara vem por baixo d'água e não tem como ver que ela está vindo", pontua.
Para o síndico Renato Rincon, esse incidente preocupa. "Isso nunca tinha acontecido, sou morador do condomínio há 11 anos e não tinha visto nada parecido. No ano passado, procuramos o GDF — por meio da ouvidoria — para falar sobre o aumento de capivara. Cheguei a ver 50 capivaras de uma vez no gramado. A resposta que tivemos foi que elas estão no habitat natural e que devemos evitar contato", conta.
A preocupação é ainda maior pelo número de crianças, pets e idosos que andam pelo local onde ocorreu o ataque. Após o ocorrido, Rincon irá abrir um novo chamado na ouvidoria do Governo do Distrito Federal (GDF) para relatar o incidente.
Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br