Atirador em condomínio
Morador atirou contra policiais da sacada de apartamento
Da sacada de apartamento, homem atira contra policiais na zona sul de São Paulo
Agentes estavam no local após chamado por discussão envolvendo compra de um automóvel. A polícia realizou varredura no prédio, mas suspeito não foi localizado
Uma briga entre vizinhos terminou em tiros dentro de um prédio na Vila Clementino, zona sul de São Paulo, na tarde desta segunda-feira, 24. Dois policiais militares ficaram feridos após um dos homens disparar com arma de fogo da sacada do apartamento onde estava. Durante toda a tarde e o início da noite, os agentes realizaram buscas no prédio, mas o suspeito não foi localizado.
Segundo informações da PM, dois homens brigaram por causa da compra de um automóvel que teria apresentado problemas. Um deles chamou a Polícia Militar, que foi até o prédio onde ocorria a briga, na Rua Estado de Israel.
Enquanto os policiais militares estavam no térreo do edifício, um dos homens disparou contra um grupo de pessoas, ferindo dois PMs. O estado de saúde dos agentes feridos não foi informado. A Polícia Militar continuava no local no início da noite desta segunda.
Os disparos ocorreram por volta das 14h30. Na hora, a aposentada Rafaela Ciasco, de 66 anos, estava com os netos em casa quando um dos garotos ouviu os disparos. "Ele disse 'é tiro, vó'", e nós ficamos trancados no apartamento."
Rafaela mora no mesmo andar que o atirador, que até as 17h30 estava trancado em seu apartamento, no segundo andar do Edifício Parque dos Jequitibás, na Vila Clementino. Ela contou que conhece os pais do atirador e que a família reside no imóvel há mais de nove anos. "Eu moro há nove anos. Quando me mudei, já estavam aqui".
A aposentada ficou aflita com as crianças, presa em seu apartamento, até que policiais os orientaram a descer pelas escadas, saindo no fundo do prédio.
Buscas se estenderam por oito horas
Após oito horas de buscas, a PM autorizou os moradores a voltarem para o edifício enquanto usa um cão farejador para achar rastros do atirador. O homem havia feito os disparos da sacada de um dos apartamentos no segundo andar do edifício e a polícia dizia acreditar que ele estava no interior do prédio, armado.
Grupos especiais da PM foram chamados para capturar o atirador, cuja identidade não foi confirmada pela PM. A porta de seu apartamento foi explodida pelos policiais, mas ele não estava no apartamento.
Daí em diante, os agentes passaram a buscar pelo suspeito nos demais apartamentos, mas ele não foi encontrado. Diante disso, os moradores puderam voltar a seus imóveis.
"Eu perguntei se era seguro e disseram que sim", disse a instrumentadora cirúrgica Roseane dos Santos Garcia Kfuri, moradora do prédio autorizada a voltar. "Eu tinha saído de casa meio dia". Ela afirmou que há PMs no térreo e nos elevadores do edifício, e que por isso se sentia segura. "Agora, se vou dormir, é outra história", brincou.
Automável comprado estaria com defeito; suspeito tinha histórico de agressividade
Segundo o coronel Márcio Necho da Silva, comandante do 3.º Batalhão da PM, o atirador, de nome Renato, se envolveu em uma briga por causa da compra de um carro. O automóvel estaria com defeito, mas o atirador recusava-se a devolver o veículo.
O suspeito, segundo o coronel, não trabalhava e já havia tido problemas familiares por causa da agressividade. Ele frequentava um clube de tiro e por isso tinha uma pistola calibre 380.
Depois do tiroteio, os PMs acharam que ele estava no apartamento do segundo andar de sua família, mas quando estouraram a porta descobriram que não. A PM afirma que o prédio tem vários pontos cegos por onde o rapaz possa ter fugido. A corporação afirma ainda que só irá deixar o prédio após 100% de certeza de que ele deixou o prédio.
Fonte: www.terra.com.br