Novos prédios adotam tecnologias para economizar água e luz
Quem trabalha em edifícios mais modernos, ou pelo menos reformados, já convive, no ambiente profissional, com sistemas que reduzem o custo de manutenção do prédio no fim do mês -e o impacto ao ambiente.
Tornaram-se comuns, em empreendimentos comerciais, sensores de presença que acionam lâmpadas, torneiras que limitam a vazão de água, aparelhos de ar condicionado inteligentes.
Agora, construtoras estão apostando na demanda por residências com soluções mais econômicas.
Em dois empreendimentos de padrão médio-alto que serão entregues ainda neste semestre, em São Paulo --um em Santana e outro na Mooca--, a Cyrela vai implementar um sistema de captação de chuva para irrigação de jardins plantados sobre lajes.
Pelo mecanismo, já usado em condomínios comerciais, a água fica armazenada entre o jardim e a laje e é sugada pelas plantas em época de estiagem. Não há gasto de energia elétrica nem intervenção humana, o que reduz as despesas de manutenção.
"É um projeto-piloto, que não implicou custos extras para os clientes. Queremos medir a economia que isso vai trazer para decidir se vamos estender a outros", diz Débora Bertini, gerente-geral de desenvolvimento de produtos da Cyrela.
O sistema está orçado em 0,3% do custo da obra.
BICICLETÁRIO
Alguns edifícios têm ainda outras iniciativas como bicicletário e depósito para coleta de óleo para reciclagem.
A Tecnisa também tem colocado, em seus empreendimentos, sistemas que geram economia para o condomínio, como sensores de presença para iluminação de escadarias e halls e energia solar para 40% da água quente --item que já é exigido por lei na capital paulista.
"Os consumidores ainda não enxergam com clareza o benefício dessas soluções; olham mais o custo direto quando decidem comprar. Mas é questão de tempo, como foi com os empreendimentos comerciais", diz Fabio Villas Bôas, diretor-executivo técnico da empresa.
CARROS ELÉTRICOS
A Tecnisa investe ainda em estações para abastecimento de carros elétricos nos prédios, embora, de acordo com a Fenabrave (federação dos distribuidores do setor), não haja carros desse tipo circulando no país por enquanto.
Um empreendimento de alto padrão --que deve ser entregue em três anos no Alto de Pinheiros, zona oeste da capital-- terá seis "tomadas" para veículos híbridos nas garagens para uso coletivo, com medição individualizada.
O custo disso, R$ 150 mil, representa 0,6% da obra. "Acreditamos que a demanda por veículos elétricos deverá crescer em três anos, quando o empreendimento será entregue", afirma Villas Bôas.
Fonte: http://www.jornalfloripa.com.br
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