Barulho na vizinhança de SP
Moradores de Perdizes reclamam de barulho de obras do Metrô
Moradores de Perdizes reclamam de barulho de obras do Metrô
Os moradores do bairro de Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo, estão tendo que conviver com um problema: o barulho causado pelas obras da Linha 6-Laranja do Metrô. As obras da estação, que fica localizada na rua Cardoso de Almeida, estão sendo feitas 24 horas por dia, em três turnos de trabalho, e têm gerado reclamações por parte dos moradores da região.
Pessoas entrevistadas pela Jovem Pan dizem que não conseguem descansar e nem dormir por causa dos barulhos da obra, que chegam a superar o volume de 100 decibéis. Síndica de um prédio que fica ao lado da obra, Jaqueline diz que os sons de equipamentos não param durante a madrugada e pede o fim do terceiro turno de trabalho.
“A gente tem uma moradora que faz a medição habitualmente e bate 95, 100, 120 decibéis. São barulhos das sirenes, apitos, equipamentos, maquinários e dos funcionários. Eles tomam café, eles trabalham 24 horas. O que a gente quer é que não tenha o terceiro turno, que é das 22 h às 6 h, se não a gente não vai dormir”, diz a síndica.
Vera, que vive no prédio em frente à obra, diz que pensa em se mudar, uma vez que, com os três turnos de trabalho, não está conseguindo ter paz em sua própria casa.
“Já estou pensando em me mudar. Estou aqui há cinco anos, sabia e não sou contra a obra, sou a favor do progresso. O problema é que desde que começou o primeiro turno e o segundo turno estamos aguentando, mas com a chegada do terceiro turno está impossível descansar, ter paz em sua casa”, afirmou.
Já Lucas, que é vice-síndico de outro prédio da região, disse que buscou conversar com a empresa responsável pela obra, mas que depois de tentativas frustradas, procurou o Ministério Público do Meio Ambiente.
“Eu tive uma reunião com dois diretores da Acciona que, em meio a uma conversa que não foi muito amigável, eles suspenderam o terceiro turno por um período. […] A gente tentou dialogar com eles, a gente começou a ser bloqueado e a não ter retorno”, conta Lucas, que continua: “Fui atendido pela chefe de gabinete do vice-governador à época, mas ela não me deu retorno. Eu procurei o Ministério Público do Meio Ambiente, que retornou perguntando se tinha alguma relação com o acidente da Marginal e eu falei que não, que é apenas a mesma empresa que faz a obra. Quando o Ministério foi questionar a Acciona, eles mandaram os documentos da obra da Marginal”.
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