Boletos de condomínios
Grupo em Goiânia é suspeito de alterar código de barras
Grupo é suspeito de trocar boletos de condomínios para documentos com código de barras adulterado, em Goiânia
Segundo polícia, eles pegavam os boletos originais nas caixas de correios de vizinhos e trocavam pelos falsos. Até o momento, uma pessoa foi presa e outras sete são investigadas.
Um homem foi preso suspeito de ser o chefe de um grupo que trocava boletos de moradores de dois condomínios, em Goiânia, por documentos com códigos de barras adulterados, fazendo com que o dinheiro do pagamento caísse em contas de criminosos. Outras sete pessoas são investigadas, sendo duas delas do Pará.
A prisão aconteceu na quinta-feira (21). O advogado Arthur Paulino, que faz a defesa do homem apontado como chefe do esquema, disse que o cliente se apresentou espontaneamente na delegacia, onde foi cumprida a sua prisão temporária. “Ele está à disposição do Poder Judiciário. A defesa vai se manifestar nos autos do processo”, completou.
A reportagem não conseguiu localizar a defesa das outras pessoas suspeitas de envolvimento no esquema.
De acordo com as investigações, o crime era praticado por meio da troca dos boletos da taxa de condomínio. Estes eram retirados das caixas de correspondências dos moradores e substituídos por outros com códigos de barras que direcionavam os pagamentos à associação criminosa. Com o dinheiro na conta, os criminosos transferiam o valor para contas de outras pessoas no Pará, afim de dificultar a investigação.
De acordo com o delegado Germano Castro, titular do 15º Distrito Policial, alguns dos investigados moravam nos condomínios dos moradores lesados, o que facilitava a troca na caixa de correspondência. Segundo ele, até o momento, 36 pessoas, registraram boletim de ocorrência dizendo terem sido lesadas.
A Polícia Civil estima que, somados os valores, o golpe tenha dado um prejuízo de cerca de R$ 20 mil. “Ao todo, nós temos 36 pessoas lesadas. Vinte em um condomínio e 16 em outro condomínio, que registraram ocorrência. Pode ser que tenham mais lesados, mas não registraram. Em uma conversa que tivemos com o preso, o chefe, ele calculava que conseguiria obter mais de R$ 100 mil com os golpes. Entretanto, teve muita gente que constatou o golpe, que viu que o boleto era falso, e não efetuou o pagamento”, explicou.
Ainda segundo o delegado, já existe outro mandado de prisão temporária a outro integrante do grupo. “São oito pessoas investigadas, e eu consegui obter apenas dois mandados de prisão temporárias. Um foi cumprido hoje, e o outro vai ser cumprido amanhã ou, no máximo, segunda-feira. Sobre as prisões temporárias, são prisões de cinco dias, e eu vou avaliar se vai ser o caso de pedir a prorrogação dessa prisão, para poder encerrar as investigações”, disse.
O delegado explicou que, dos oito suspeitos, dois moram na cidade de Parauapebas, no Pará. “São pessoas para quais foram transferidos valores decorrentes desse golpe. Vamos localizar essas pessoas e vamos ouvir elas, na condição de participante dessa associação criminosa, através de carta precatória, já que o juiz não visualizou a possibilidade de pedir a prisão temporária dessas pessoas. Eles são investigados, mas não existe pedido de prisão contra eles”, disse.
Os suspeitos poderão responder pelos crimes de estelionato, falsidade de documento particular e por associação criminosa, crimes que têm como pena máxima de 5 anos de prisão, cada um.
Fonte: https://g1.globo.com