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José Elias de Godoy

Bolsões de segurança

União de condomínios pode ser alternativa contra crimes

13/03/14 08:38 - Atualizado há 10 anos
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* por José Elias de Godoy

Para que os condomínios possam se tornar mais seguros e protegidos percebeu-se a necessidade em se unir esforços entre os prédios a fim de se minimizar os riscos de invasões e assaltos. Baseados nesta ideia, a concepção de bolsões de segurança surge como uma forma de se implantar projetos de segurança e ações para se prevenir e combater esta modalidade de crime.
 
Os bolsões de segurança podem ser definidos como um conjunto de condomínios ou residências, unidos pela proximidade geográfica, que agem integrados, mediante ações previamente treinadas, para atuarem de forma preventiva e reativa de segurança.
 
O princípio desta ação é, basicamente, uma unidade tomar conta da outra e todas entre si, através de monitoramento interligado, no próprio local, onde  as portarias se comunicam e se visualizam externamente. Além disto, há a necessidade do monitoramento remoto através de empresa especializada em monitoramento de alarmes.
 
Torna-se obrigatório criar-se um mecanismo de comunicação constante entre os porteiros. Os condomínios do bolsão devem usar radiocomunicadores para que os porteiros e zeladores fiquem em contato permanente.
 
A maneira de agir está focada na ligação entre as portarias, onde uma delas faz contato, via rádio com as demais, em horários previamente estipulados, e verificam a existência de qualquer tipo de ações suspeitas, não conformidades e/ou emergências na rua ou mesmo nos prédios. A rede rádio também é utilizada para uma portaria pedir auxílio à outra em situações especiais como  pedidos de socorro de quaisquer naturezas, além dos casos próprios de segurança.
 
Para iniciar-se o sistema de bolsões de segurança é necessário fazer-se um levantamento dos prédios da rua e convidar os síndicos para uma reunião, na qual a ideia será lançada e difundida.
 
É importante que haja uma coordenação geral do bolsão, para se controlar as ações, e que se tenha um rodízio entre os prédios para se efetuar o conteste do sistema de rádio. 
 
Além dos síndicos, que devem estar engajados e encabeçar as ações dos bolsões de segurança, todos os funcionários (gerentes,zeladores, porteiros, vigias, garagistas e auxiliares de limpeza) devem ser treinados para participarem e operarem o sistema bem como atuarem preventivamente e em situações emergenciais.
 
Os principais equipamentos utilizados nos bolsões são os aparelhos de rádio-comunicação, telefones fixos ou celulares pré ou pós pagos, centrais de alarme com botões de pânico ligados a uma empresa de monitoramento e, em alguns prédios devem instalar câmeras no condomínio vizinho, e vice-versa. 
 
A Polícia Militar do Estado de São Paulo tem apoiado essa integração e tem adotado o Programa Vizinhança Solidária desde 2012 em bairros da zona sudoeste e tem como base a adesão dos síndicos, treinamento dos funcionários e conscientização dos moradores. O programa tem demonstrado ter sido um sucesso na prevenção criminal.
 
(*) José Elias de Godoy, especialista de Segurança em Condomínios e autor dos livros “Manual de Segurança em Condomínios’’ e “Técnicas de Segurança em Condomínios”.
Maiores informações: elias@suat.com.br
 

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