Universitário denuncia delegado por agressão em Cuiabá; câmeras flagram briga
O delegado e corregedor auxiliar da Polícia Civil, João Antônio Cavadas Filho, de 53 anos, está sendo acusado de agressão e espancamento pelo vendedor e estudante universitário Rafael Von Heimburg, de 23 anos, dentro de um condomínio luxuoso localizado no bairro Jardim Itália, em Cuiabá. O policial é ainda suspeito de ter contado com o auxílio do filho para cometer as supostas agressões.
De acordo com o boletim de ocorrência de número 2015.309895 registrado no dia 18 de outubro deste ano, o universitário esteve no condomínio com o seu carro por volta das 3h00 para deixar a sua namorada que é moradora. No portão de entrada do condomínio, os dois tiveram uma discussão.
Após adentrar ao local, o universitário acabou sendo abordado pelo delegado, que parou com um carro na rua e começou a agredi-lo com socos. Após alguns minutos de confusão entre os dois envolvidos, o universitário entrou novamente em seu veículo com a sua namorada e saiu do local.
Ao ir até a guarita do condomínio, o universitário foi abordado novamente pelo delegado, que chegou com o seu carro em companhia de seu filho. Eles desceram do veículo com um taco de baseball agredindo novamente o estudante.
A Polícia Militar foi acionada pelo estudante após o delegado e filho pararem com as agressões. Uma guarnição esteve no condomínio pela manhã, porém não localizou ninguém na casa do delegado.
O jovem agredido foi até a delegacia registrar a queixa e passou por exame de corpo de delito feito no Instituto Médico Legal (IML), onde foi constatada a lesão corporal. O fato foi todo registrado por câmeras do circuito interno do condomínio.
O vídeo foi recolhido pelo advogado Alexandre César Lucas e anexado ao boletim de ocorrência. Um documento relatando as agressões por parte do delegado foi enviado a corregedoria da Polícia Civil, assim como ao governador Pedro Taques (PSDB) e ao secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques.
No documento feito pela defesa, o advogado pede para que os fatos sejam apurados e que o delegado seja afastado de suas funções durante as investigações do Conselho Superior da Polícia Civil. Ainda no documento, a defesa do jovem exige uma medida cautelar que proteja tanto o estudante, quanto a sua namorada que é moradora do mesmo condomínio em que reside o delegado mora com a sua família.
OUTRO LADO
Em contato com a assessoria da Polícia Civil, FOLHAMAX foi informado que a denúncia da vítima chegou na corregedoria na última sexta-feira e que as acusações de lesão corporal e ameaça serão investigadas.
A assessoria informou ainda que o delegado está licenciado desde o mês de outubro para dar início ao seu processo de aposentadoria. De acordo com a assessoria, o delegado não quis se manifestar sobre as acusações.
Fonte: http://www.poconet.com.br/
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