Briga por barulho
GO: Vizinho atirou contra apartamento
Mulher denuncia que policial militar atirou contra apartamento após ela reclamar de barulho, em Goiânia
Vídeos mostram marcas de tiros na porta e parede da casa. Segundo a moradora, quem fez os disparos foi a irmã da vizinha que estaria com música alta e arrastando móveis
Uma mulher denuncia que uma policial militar atirou contra o apartamento dela após uma reclamação por barulho, em Goiânia. Vídeos mostram marcas de tiros em vários pontos da casa. O caso foi registrado na polícia. Ninguém ficou ferido.
O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar às 8h50 desta segunda-feira (5) para pedir um posicionamento sobre o caso e aguarda retorno.
Segundo a moradora, que não quis ter a identidade divulgada, ela estava sozinha em casa por volta de 14h de sábado (3) quando foi até um apartamento no andar de cima ao dela e reclamou do barulho de música e móveis arrastando.
“Bati super educadamente na porta. Na hora que ela abriu, fui conversar com ela pedindo para fazer menos barulho. Mandou eu sair de lá, que eu tinha era que ir para a porta da minha casa, que não tinha que incomodar ela”, disse.
A moradora conta que, diante da resposta recebida, voltou ao seu apartamento. Na manhã do dia seguinte, ela estava com a filha em casa quando ouviu barulhos na porta e ligou para o marido.
“Ela me ligou falando que tinha um homem e uma mulher tentando invadir a casa, falando que ia matar a gente, ameaçando de morte. Foi quando eu escutei os barulhos de tiros”, disse o homem, que também não quis ter o nome divulgado.
Ao ouvir os tiros, a moradora e a filha, imediatamente, se esconderam no quarto. Segundo a mulher, quem atirou foi a irmã da vizinha com quem ela reclamou sobre o barulho. Ela foi identificada como uma sargento da PM.
Em uma das gravações feitas pela moradora é possível ouvir ameaças que teriam sido feitas por um dos vizinhos. “Dá outro [tiro] para ela largar de ser otária”, diz a pessoa.
Em um vídeo, os moradores mostram as marcas de tiros no apartamento. “Dois tiros que deu aqui [na porta]. Um tiro atravessou a mesa aqui por baixo e parou lá atrás. O outro está aqui na parede”, diz a pessoa, mostrando o projétil preso ainda no azulejo.
O casal mora com uma filha de cinco meses há cerca de um ano no apartamento. Agora, após a ameaça, eles não se sentem seguros para continuar morando no local. “Que algo seja feito, porque, pelo o que a gente ficou sabendo, ela é uma policial. Como que uma policial tem uma atitude dessa de marginal, de criminoso?”, questiona.
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