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Administração

Cano antimendigo

Condomínio em Porto Alegre instala sistema para dias de chuva

sexta-feira, 3 de outubro de 2014
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Condomínio usa cano antimorador de rua no centro de Porto Alegre

Por reclamações de sujeira e insegurança, prédio ao lado da Praça da Matriz instalou cano com furos para molhar a calçada em noites de chuva
 
Os moradores de um prédio chamado Catedral, localizado na esquina da Rua Duque de Caxias com a Praça da Matriz, tomaram uma providência para evitar a presença de moradores de rua sob sua marquise em dias de chuva. Instalaram, há mais de 12 meses, um cano com furinhos na fachada lateral do prédio.
 
O objetivo: deixar a calçada molhada antes que os sem-teto aproveitem a oportunidade de dormir abrigados. Antes, a tarefa era feita manualmente.
 
— A ideia do cano foi minha, aprovada pelo conselho de moradores, para espantar os moradores de rua. Mandamos duas cartas à prefeitura pedindo providências, mas o município não faz nada, nem nos respondeu. E começou a haver assaltos na calçada do prédio. Como ficar de mãos cruzadas? Fizemos até pouca coisa — avalia o síndico do Catedral, Maximino Pegoraro, mais conhecido como Max.
Em um documento de 2012 endereçado ao prefeito José Fortunati, que mora em um prédio vizinho, o Condomínio Catedral pediu que fossem intensificadas as abordagens para coibir a distribuição de alimentos na fachada do edifício que fica de frente para a praça, na Rua Espírito Santo.
 
"A referida prática incentiva a aglomeração de pessoas, que se deslocam de vários pontos da cidade para receber alimentos, fato que tem gerado distúrbios da ordem pública, brigas, assaltos, bebedeiras e até sexo e necessidades fisiológicas na via pública. O quadro de barbárie provoca uma enorme sensação de insegurança e impotência dos condôminos, moradores das redondezas e nos visitantes deste sítio histórico e apreciado destino turístico", relata um trecho do documento.
 
— Temos que lavar todos os dias a calçada. Fica uma sujeira. Vomitam, escarram, fazem xixi, fazem sexo à luz do dia, deixam cachimbo de crack — reclama Marinês Fadini, zeladora do condomínio há quase duas décadas.
 
Mais recentemente, em documento enviado ao prefeito em agosto, a administração do Condomínio Edifício Catedral relata um agravamento da situação: "Ultimamente temos percebido uma postura mais arrogante, mais agressiva de parte de pessoas que se aglomeram no passeio público, especialmente na calçada da Rua Espírito Santo (...) Passaram a importunar as pessoas, impedir que usem o passeio público, provocar senhoras e crianças que circulam na área." 
 
Em outro trecho, pede que a municipalidade exerça o poder de polícia, dentro das suas atribuições legais, "para coibir a ocupação das referidas áreas e dar o encaminhamento adequado para as pessoas, não apenas as que se servem do passeio público sob a marquise deste Edifício Catedral, mas de todo o entorno".
 
A reportagem conversou com um casal de moradores de rua que vive na Praça da Matriz. Michele Martins de Avila, 26 anos, que vive na Praça da Matriz, conta que o prédio não permite que os moradores de rua fiquem sob a marquise:
 
— Nos correm dali. Agora, quando chove, vamos para a marquise da Assembleia Legislativa.
 
Jackson da Silva Ferreira, 30 anos, companheiro de Michele, é guardador de carros na área:
 
— Isso aí é um cano antimendigo. É um desrespeito. Estamos na via pública. Na lei, diz que a gente tem direito de ir e vir, né? Não sei por que fazem isso.
 
Questionado sobre as reclamações do síndico e da zeladora, Jackson nega que eles tenham bloqueado a calçada ou mesmo que sujem o local.
 
— Nunca ameacei ninguém. Ninguém faz bagunça ali. A gente não deixa. Os moradores da praça tudo fazem cursos, trabalham. Chegam cansados e só querem um cantinho para dormir. Quando tem uns que querem fazer bagunça, a gente não deixa eles ficarem ali. Um dia, me fizeram sair dali na chuva. 
Contatada pela reportagem, a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) informou que reprova o fato relatado e vai continuar acompanhando as pessoas em situação de rua com transversalidade e intersetorialidade entre as políticas públicas.

Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/

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