Cano antimendigo
Condomínio em Porto Alegre instala sistema para dias de chuva
Condomínio usa cano antimorador de rua no centro de Porto Alegre
— A ideia do cano foi minha, aprovada pelo conselho de moradores, para espantar os moradores de rua. Mandamos duas cartas à prefeitura pedindo providências, mas o município não faz nada, nem nos respondeu. E começou a haver assaltos na calçada do prédio. Como ficar de mãos cruzadas? Fizemos até pouca coisa — avalia o síndico do Catedral, Maximino Pegoraro, mais conhecido como Max.
"A referida prática incentiva a aglomeração de pessoas, que se deslocam de vários pontos da cidade para receber alimentos, fato que tem gerado distúrbios da ordem pública, brigas, assaltos, bebedeiras e até sexo e necessidades fisiológicas na via pública. O quadro de barbárie provoca uma enorme sensação de insegurança e impotência dos condôminos, moradores das redondezas e nos visitantes deste sítio histórico e apreciado destino turístico", relata um trecho do documento.
Mais recentemente, em documento enviado ao prefeito em agosto, a administração do Condomínio Edifício Catedral relata um agravamento da situação: "Ultimamente temos percebido uma postura mais arrogante, mais agressiva de parte de pessoas que se aglomeram no passeio público, especialmente na calçada da Rua Espírito Santo (...) Passaram a importunar as pessoas, impedir que usem o passeio público, provocar senhoras e crianças que circulam na área."
— Nos correm dali. Agora, quando chove, vamos para a marquise da Assembleia Legislativa.
— Isso aí é um cano antimendigo. É um desrespeito. Estamos na via pública. Na lei, diz que a gente tem direito de ir e vir, né? Não sei por que fazem isso.
— Nunca ameacei ninguém. Ninguém faz bagunça ali. A gente não deixa. Os moradores da praça tudo fazem cursos, trabalham. Chegam cansados e só querem um cantinho para dormir. Quando tem uns que querem fazer bagunça, a gente não deixa eles ficarem ali. Um dia, me fizeram sair dali na chuva.
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/