Casas interditadas
Erosão subterrânea em condomínio motivou ação
Defesa Civil interdita 3 casas por causa de erosão subterrânea em condomínio de Aparecida de Goiânia
Pelo buraco, que se abriu na área externa do imóvel, é possível ver a tubulação da rede pluvial. Famílias tiveram de sair às pressas e passaram a noite na casa de vizinhos. Há a possibilidade de novas interdições
Uma erosão subterrânea motivou a Defesa Civil a interditar três casas situadas dentro de um pequeno condomínio do Setor Jardim Bela Morada, em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital. O buraco onde parte do solo cedeu fica na área externa das residências. As famílias tiveram de sair às pressas e não sabem para onde irão por conta do problema.
Uma das desabrigadas, Lucilei disse que o marido descobriu a erosão quando iria sair com o carro da garagem.
"Foi Deus que mostrou para ele [o buraco]. Ele viu. Ainda bem que ele passou com o carro porque senão alguém poderia ter descido junto com a terra sem ver o buraco", conta.
Ela conta que passou a noite na casa de vizinhos. Emocionada, ela lamentou a situação, mas agradeceu por nada de pior ter acontecido à sua família.
"[Agora é] esperar em Deus primeiramente. Porque se não fosse ele a gente não tinha saído nem com vida, porque começou a tremer tudo na hora, a gente ficou com medo de passar mais uma noite, graças a Deus deu para gente sair", desabafa.
Moradora de outra casa interditada, a Letreliene Silva conta que teve de sair correndo do local sem poder pegar quase nada.
"As coisas estão tudo lá dentro. Não tem definição, é complicado. Muito difícil. Agora não, vai ter que procurar um lugar para ir, porque ficar aqui não tem como", conta.
Riscos
Os moradores pagam R$ 350 de aluguel no condomínio, que tem oito casas no total. Pela cratera, é possível ver a tubulação da rede pluvial.
De acordo com Juliano Cardoso, superintendente da Defesa Civil de Aparecida de Goiânia, há rachaduras no solo, que está instável, e possibilidade de interdição das outras casas do condomínio.
"É extenso, aqui passa essa rede de galeria pluvial que cedeu, houve essa erosão subterrânea e ocasionou esse solapamento de solo, causando a necessidade de interdição dessas residências para preservar a vida humana, que é o bem mais precioso que a gente tem. É o que a gente olha em primeiro lugar", explica.
Ele afirmou ainda que o local será reavaliado por especialistas durante o dia para dimensionar o tamanho dos estragos.
"Durante o dia, engenheiros e técnicos Defesa Civil estarão aqui, vamos analisar o caso de maneira mais complexa e detalhada, vamos auxiliar as famílias para poder tirar os seus pertences com seguranças. Muito provavelmente teremos de acionar o Corpo de Bombeiros, pois no momento da retirada dos pertences pode algo de mais grave acontecer", destaca.
Fonte: g1.globo.com