Caso na Justiça
Moradora cria 60 gatos em apartamento, em São Luís
Moradora cria 60 gatos em apartamento e caso vai parar na Justiça em São Luís
Vizinhos não suportam o mau cheiro, mas a dona alega que não consegue um abrigo para os animais
Uma moradora está criando cerca de 60 gatos dentro em um dos apartamentos de um condomínio no bairro do Renascença, em São Luís. Segundo vizinhos, o maior problema é o mau cheiro no local, além do barulho, que incomoda há dois anos.
"Nós estamos pedindo a ajuda do poder público, as autoridades, porque aqui são 16 famílias, tem crianças, tem pessoas de idade, tem pessoas doentes. São pessoas humanas, boas, que querem o bem do outro. Mas ficou uma situação insustentável e o fedor é terrível", afirmou o sociólogo Léo Costa, que mora no condomínio.
Em janeiro de 2019, a Vigilância Sanitária fez uma inspeção no apartamento. No relatório da visita, os agentes confirmaram a presença dos animais e destacaram o cheiro ruim do local.
A equipe deu um prazo de 30 dias para a dona do apartamento remover os gatos para um local seguro e que ofereça bem-estar para os animais. No entanto, a situação continuou e caso foi parar na Justiça.
Na audiência de conciliação, no 1º Juizado Especial Cível das Relações de Consumo, ficou decidido que a dona do apartamento ficaria apenas com quatro gatos. Os outros animais deveriam ser levados para locais com condições de oferecer o abrigo ideal.
A dona dos gatos não quis gravar entrevista, mas os vizinhos dizem que ela está disposta a resolver a situação. Atualmente, os moradores tentam encontrar um lugar para entregar os animais. Já fizeram contato com Ongs e com a Delegacia do Meio Ambiente, mas não encontram ninguém que queira receber os gatos.
"Nesse exato momento temos um grande problema em encontrar entidades públicas que aceitem esses animais, por um problema de não ter uma obrigatoriedade de aceitar os animais e também a falta de recursos. A gente sabe que algumas Ongs aqui trabalham em uma situação realmente precária e dependem de doações. Então a gente tem uma grande dificuldade nesse sentido e a gente não tem nenhum órgão público que consiga nos auxiliar", afirmou o síndico do condomínio, Guilherme Farias.
A Prefeitura de São Luís não se manifestou sobre o problema.
Fonte: https://g1.globo.com