Ciclofaixa no Guarujá
Moradores de condomínio reclamam de acesso prejudicado
Moradores do edifício Sobre as Ondas se revoltam com ciclofaixa em Guarujá
Uma ciclofaixa instalada na Avenida General Rondon, 30, em frente ao Edifício Sobre as Ondas, no bairro Vila Alzira, em Guarujá, está causando transtornos aos moradores. A ciclofaixa impede o embarque e desembarque na entrada do prédio, principalmente de pessoas com deficiências ou mobilidade reduzida.
“De um dia para o outro colocaram a faixa de ciclovia na frente do Sobre as Ondas. Todo mundo perdeu o desembarque e embarque de tudo, não temos mais como desembarcar moradores e nem pessoas deficientes”, afirma o aposentado Andréas Myriantheus.
A design de interiores, Juliene Candeloro Antonioli, está indignada. Ela afirma que sua mãe, Juanita Candeloro, de 85 anos, reside no edifício há anos, e sofre de artrose. “Minha mãe tem artrose, anda com bengala e devagar. E, agora, a ciclofaixa impede o embarque e o desembarque em frente ao prédio”, afirma Juliene.
Segundo Juliene, os moradores do condomínio não receberam nenhum comunicado da Prefeitura de Guarujá. “Um dia isolaram a área e mandaram a gente retirar os carros. Mas, não recebemos nenhum comunicado. No dia 18 último, a rua amanheceu pintada com a ciclofaixa. Foi do dia para a noite. A ciclofaixa tirou o único acesso viável de moradores ao prédio, fora o fato de não podermos mais desembarcar nem compras mais”, comenta a design.
Juliene questiona o fato de a ciclofaixa não ter sido feita do outro lado da avenida. “O local mais adequado seria do outro lado da calçada, na via de cima, na pista sentido Pitangueiras-Astúrias”.
O Edifício Sobre as Ondas foi inaugurado em 1951 e tem 94 apartamentos. O imóvel também é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT).
Procurada, a Prefeitura de Guarujá enviou nota de esclarecimento. “Referente à ciclofaixa em frente ao Edifício Sobre as Ondas, a Diretoria de Trânsito de Guarujá (Ditran) explica que é um local onde já ocorreram muitos acidentes, inclusive com mortes de ciclistas. A intenção é preservar a vida dos usuários que utilizam aquela via”.
Quanto ao estacionamento em frente ao condomínio, a Administração Municipal informa que “o estacionamento que havia em frente ao edifício não era de uso exclusivo do prédio e sim, aberto ao público em geral. Mesmo porque, não há como fazer reservas de vagas para um imóvel particular em via pública. Próximo ao edifício (atravessando a rua) foram criadas mais vagas de estacionamento. No total, são duas vagas de carga e descarga e mais uma vaga de estacionamento prioritário para idoso ou pessoa com deficiência”.
“A Diretoria de Trânsito de Guarujá informa ainda que a ciclofaixa é uma imposição da Lei de Mobilidade Urbana do Município, que prevê dar prioridade a um transporte mais limpo e inclusivo no sistema viário de Guarujá. Além disso, existe uma ação do Ministério Público, que questiona a não interligação entre as ciclovias e ciclofaixas existentes na Cidade. O objetivo é cumprir esta determinação”, concluiu.
Fonte: https://www.maissantos.com.br