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Ambiente

Coleta seletiva

Sorocaba quer coletar 100% dos seus insumos recicláveis

segunda-feira, 4 de junho de 2012
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 Coleta seletiva deve atingir 100% da cidade

Percentual é uma estimativa até o final do ano; atualmente somente 22% de Sorocaba tem o serviço 

Até o fim deste ano, a coleta seletiva deve atingir 100% da cidade. A pretensão é estimulada pela criação de ecopontos para a entrega voluntária de material como papel, alumínio, pets, plásticos, etc. 
 
Inicialmente, explica o secretário de Parcerias de Sorocaba, Fernando Oliveira, as referências serão os próprios núcleos mantidos pelas cooperativas de reciclagem de Sorocaba, instalada em diversos bairros para garantir a cobertura estratégica do sistema. 
 
O momento não poderia ser mais oportuno: a reciclagem, com a comercialização de materiais, teve ampliação de  37,65% em Sorocaba, de 2010 para 2011, saltando de 2.839,31  para 3.908,47  toneladas. O volume é baseado em informações das quatro cooperativas da cidade: Coreso (Cooperativa de Reciclagem de Sorocaba), Ecoar, Catares e Reviver.   
  
Atualmente são sete pontos físicos que servirão como base para a entrega voluntária: cinco unidades da Coreso  e duas Centrais de Reciclagem. 
 
O novo  sistema deve se estender para prédios públicos e ganhar amplitude por meio de parcerias com igrejas e órgãos privados como supermercados, por exemplo, sempre com o objetivo de atender inicialmente as localidades onde não há coleta seletiva instalada.  
 
“Hoje nosso índice de reciclagem é de 22%, mas nossa meta até o fim do ano é atingir 100%. Este é nosso compromisso”, afirma Fernando. 
 
O secretário destaca ainda o reforço nos investimentos para incrementar a coleta e reciclagem em Sorocaba. Um exemplo é a criação da Central da Zona Oeste, abrangendo bairros  como os jardins Santa Bárbara e Tropical.
 
Segundo Fernando Oliveira, o projeto conta com investimentos do BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento) e ocupará dez mil metros quadrados.
 
“O convênio deve ser assinado em 30 dias. Em cerca de 90 dias deve ter início a construção”, calcula.
 
Outra obra já planejada, mas que não deve ser concluída neste ano é a é a Central Zona Norte, de cinco mil metros quadrados, próxima à avenida Fernando Stecca. Ambas somam um orçamento de R$ 10 milhões.
 

Lei ainda no papel

 
A obrigatoriedade dos condomínios verticais e horizontais de implantarem a coleta seletiva ainda está no papel. Apesar de estar  em vigor desde dezembro de 2010, a proposta da Prefeitura de Sorocaba, por meio da  Secretaria de Parcerias, e aprovada pelos vereadores, ainda patina em uma interminável fase de adaptação.
 
“A lei está em vigor e a prefeitura já poderia estar multando, mas como nosso sistema de coleta ainda não está 100% implantado, optamos por atuar ainda em caráter de orientação”, justifica o secretário. 
 
Segundo ele, a diferença entre portes e perfis de condomínios também precisa ser levado em conta na hora da aplicação da lei municipal.  
 
O município possui cerca de 600 condomínios e pelo menos 150 deles já estão integrados à coleta seletiva.
 
Conforme o secretário ainda não é possível calcular o tamanho do impacto que a integração de todos os condomínios trará à coleta seletiva de Sorocaba. “Podemos até pensar em colocar uma cooperativa só para atender os condomínios.”
 

Não é depósito

 
A proposta de criação de ecopontos para a entrega de material reciclável tem boa aceitação entre as cooperativas.
 
O presidente da maior delas, José Augusto Rodrigues de Moraes, da Coreso, diz que a sugestão é bem-vinda porque os coletores vão ganhar tempo. Mas, por outro lado, é preciso ter rigor. “É importante que tenha bastante controle para que os ecopontos não se transformem em depósitos de coisas que não servem mais”, afirma. “Se não vamos encontrar lá roupa velha, madeira e coisas que não servem para a reciclagem”, complementa. 
 
O trabalho das cooperativas tem como base principal o atuação de porta em porta. Na Coreso, por exemplo, os coletores passam por 13 mil residências, incluindo alguns condomínios.
 
Para ele, a coleta seletiva depende também de estrutura. “É preciso ter mais coletores, mais espaço e mais caminhões.”
 

Central dá ênfase à reciclagem de lixo eletrônico

 
Desde dezembro de 2010, o recolhimento e a  destinação correta do lixo eletrônico ganhou ênfase em Sorocaba com a inauguração da coleta específica para estes materiais, com um galpão no  bairro do Éden. Com a expansão do serviço, o trabalho do  Núcleo de Resíduos  Eletroeletrônicos foi transferido para uma área maior no  Jardim Iguatemi, onde recebe CDs, celulares, monitores de computador, televisores, pilhas, DVDs, etc. 
 
Os computadores lideram a lista de lixo eletrônico em Sorocaba e eles podem  render diversos materiais que, reciclados, são usados em novos computadores ou em materiais dos mais variados tipos. De um único micro velho são reaproveitados processadores, placas, resina, ouro (presente em chips), platina (está nos processadores), entre outros.
 

Parcerias

 
O Programa Municipal de Coleta Seletiva mantém parceria com quatro cooperativas de reciclagem de Sorocaba: Coreso, Reviver, Catares e Ecoeso.  Elas recebem apoio e equipamentos como prensas, caminhões, bags, elevador de fardos, geladeira, uniformes, equipamento de proteção individual, etc.       
 

200

é o número de catadores somando as quatro cooperativas
 

Óleo e materiais

Em média, a Ecoeso, Catares e Reviver comercializam uma média de 330 toneladas/mês de material reciclável. O óleo de cozinha também faz parte da coleta, sendo encaminhado para a fabricação de sabão.

Fonte: http://www.redebomdia.com.br

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