Com tratamento
Condomínio passa a tratar esgoto antes de despejá-lo
Esgoto do Jequitibá não é mais despejado a céu aberto
Denunciado pelo jornal A COMARCA, em reportagem publicada na edição de 2 de agosto, o esgoto do Condomínio Jequitibá, localizado na divisa com a cidade de Mogi Guaçu, não é mais despejado a céu aberto em uma chácara adquirida pelo residencial. O espaço reservado para o tratamento do esgoto do condomínio residencial foi recuperado e agora o material orgânico é despejado através de dutos até o Rio Mogi Mirim. A denúncia do despejo irregular do material é do Conselho Municipal de Saúde, através do conselheiro do Parque do Estado II, Miguel Vaz de Moraes. Em 21 de maio de 2014, o conselho enviou ao Ministério Público um ofício informando o descarte irregular do esgoto e pediu intervenção do MP. Após a comprovação dos despejos irregulares, a promotoria cobrou esclarecimentos da Prefeitura sobre a coleta de esgoto no município e as providências para evitar a poluição do Rio Mogi Mirim. Outro esgoto, o gerado pelo Condomínio Morro Vermelho é despejado na galeria coletora do material do bairro Parque do Estado II. Juntos, são despejados em um valão aberto em área verde, que deságua sem qualquer tratamento adequado no Rio Mogi Mirim. Do outro lado da margem do Rio Mogi Mirim, existe um emissário coletor de esgoto da cidade, recentemente construído e há cerca de 300 metros dos pontos de despejo irregular do material. Se houvesse interligação, todo este esgoto seria encaminhado para a Estação de Tratamento, que teria capacidade de absorver o volume gerado pelos condomínios de luxo. A capacidade existe em razão de ter sido antecipada a segunda etapa do sistema de tratamento, que ainda tem projeto de dobrar, para poder atender toda demanda exigida. Os dejetos descartados nos locais, além de contaminar o rio e solo, atraem pássaros de várias espécies e animais. Todos procuram se alimentar do material exposto a céu aberto. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), em matéria publicada em A COMARCA, na edição de 19 de julho, afirma que 65% do esgoto gerado pelas residências e comércios da cidade recebem tratamento adequado da autarquia. A autarquia informa ainda que o Condomínio Residencial Jequitibás possui sistema coletivo de tratamento de esgoto, tratando 100% dos efluentes gerados e, somente após o tratamento, os efluentes são lançados no rio. Por se tratar de condomínio fechado, tanto a manutenção, como a operação do sistema é realizada pela associação dos moradores e não pelo Saae. A fiscalização cabe, entretanto, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). Em relação ao despejo do Condomínio Morro Vermelho, existem redes coletoras do condomínio interligado a rede pública. Porém, o lançamento o esgoto é feita de forma irregular. O Saae informa ainda que pleiteou junto ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e obteve a aprovação do Ministério das Cidades para a execução do coletor de esgotos da Sub-Bacia 11, que contemplará a coleta dos efluentes provenientes do bairro Parque do Estado II, interligando-o ao emissário de esgotos para tratamento na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE).
Fonte: http://www.acomarca.com.br/