Prédio em chamas
Saiba como agir caso ocorra um incêndio em seu edifício e o que fazer para evitá-lo
É o tipo de cena que ninguém quer ser personagem. Alguns moradores fogem o mais rápido que podem, outros permanecem no local para tentar salvar objetos pessoais. Infelizmente, incêndios em prédios não ficam apenas na ficção e, passado o susto, trazem bastantes dúvidas aos moradores. Quem é o responsável pelos prejuízos causados pelo acidente? O morador ou o condomínio?
Algumas das responsabilidades na hora da prevenção do incêndio são do condomínio.
"É importante dizer que João Pessoa não tem uma legislação específica para certos casos. De toda forma, os condomínios têm que fornecer os itens obrigatórios para combater incêndio", informa Inaldo Dantas, presidente do Sindicato de Habitação (Secovi-PB).
Os itens obrigatórios para esses casos são: mangueira, extintores e sistema de iluminação de incêndio. Os prédios com mais de quatro andares obrigatoriamente têm que ter porta corta fogo. Segundo Inaldo Dantas, o síndico é o responsável por manter o equipamento em perfeito estado de conservação. A lei exige que tanto as áreas comuns quanto as autônomas devem ser protegidas pelo seguro contra risco de incêndio, explosão, raio e até uma possível queda de avião.
Se o incêndio já aconteceu e o morador sofrer algum tipo de dano, ele deve procurar o síndico para que este tome as providências necessárias. Assim, o morador será logo indenizado pelo seguro. "Em caso de incêndio ou de destruição, como aconteceu no Rio de Janeiro na última quarta, todos os condôminos serão indenizados. E o se o prédio não tiver seguro, o síndico é quem vai responder por isso", explica o presidente do Secovi.
Além de garantir os itens de proteção e contratar o seguro contra incêndio, o síndico deve fazer campanhas para prevenir todos os condôminos. No entanto, às vezes o incêndio acontece por irresponsabilidade dos moradores. O bombeiro Anderson Cavalcanti já foi chamado para um desses casos.
"O morador reuniu um monte de lixo atrás da casa dele e tocou fogo. Aí o fogo avançou para a casa dele e terminou em perda total dos bens", conta. Para uma situação como esta, é recomendável que o morador tenha também um seguro individual para não arcar com os prejuízos do incêndio.
Com o objetivo de aumentar a segurança em condomínios, o Corpo de Bombeiros lançou um projeto em que leva militares aos edifícios para que eles orientem os moradores a agir em incêndios. No treinamento, os bombeiros ensinam os condôminos o uso correto de extintores, como o prédio deve ser evacuado e outras atitudes recomendadas pela Corporação. Como no momento este serviço está parado, os moradores podem solicitar o treinamento por meio de um ofício enviado para o Comando Geral do Corpo de Bombeiros.
DICAS
O bombeiro Anderson Cavalcanti lista algumas dicas de como evitar incêndio. "Os fumantes devem ter muito cuidado onde deixam o cigarro. Tem que observar se ele foi corretamente apagado. O mesmo cuidado deve ser tomado com o fósforo. Observar se tem fio desencapado e nunca sobrecarregar o fio, fazendo aquela gambiarra". Outras dicas são trocar a mangueira do gás a cada cinco anos e desligar todos os aparelhos elétricos e eletrônicos quando sair de casa por um tempo maior.
Se o morador perceber um princípio de incêndio, deve seguir algumas recomendações da Corporação.
"Quando for sair do prédio, não use elevador e procure seguir a sinalização de segurança", afirma Anderson. Essa sinalização é obrigatória e informa onde fica a saída de emergência.
"Quando o incêndio for causado por vazamento de gás, você deve levar o bujão para um lugar arejado", recomenda. O morador pode interromper um pequeno incêndio abafando o objeto que está pegando fogo com um pano úmido. "Mas isso não serve para equipamentos eletrônicos. Para estes deve-se usar o extintor de pó químico. Já para incêndios maiores, os moradores podem apagar com baldes de água e também com extintores. E nunca esquecer de chamar os bombeiros", alerta Anderson.
Fonte: http://www.jornalonorte.com.br
Matérias recomendadas