Como vamos andar de elevador a partir de agora?
Além dos cuidados de higiene de cada usuário, novas soluções já surgem no mercado
Por Fabiano Augusto Kluppel*
Os elevadores são equipamentos indispensáveis para o transporte de pessoas nas grandes metrópoles. Somente o Grupo Schindler, um dos líderes globais do segmento, movimenta aproximadamente 1,5 bilhão de pessoas diariamente no mundo.
Com a pandemia de COVID-19, os cuidados acerca dos processos de higienização e as normas de utilização de elevadores, escadas e esteiras rolantes foram reforçados por condomínios, administradoras e por usuários. Definitivamente, a pandemia deixa como legado um novo protocolo de utilização desses equipamentos.
Com a retomada gradativa da atividade econômica na maioria dos estados brasileiros, foi necessário adotar medidas efetivas para viabilizar a utilização segura destes meios de transporte.
Exemplos são as capas protetoras para a botoeira dos elevadores, que facilitam a higienização constante sem danificar esse componente. E os dias de elevadores cheios acabaram, pelo menos até que haja uma vacina ou que a situação esteja totalmente controlada.
Assim, diversos condomínios passaram a solicitar para as empresas de manutenção que a capacidade dos elevadores seja temporariamente reduzida, lembrando que os modelos mais modernos não partem com excesso de peso.
Para evitar aglomerações nos halls dos condomínios, em especial nos edifícios comerciais, estão à disposição os sistemas de gerenciamento de tráfego.
Além disso, botoeiras touchless, chamadas do elevador pelo celular (isso mesmo, já existe) e soluções que utilizam cartão tipo RFID (de aproximação), são soluções que eliminam a necessidade de contato das mãos para chamar o elevador.
E não para por aí. Elevadores também podem contar com renovadores de ar de alta vazão que aumentam a circulação de ar nas cabinas, diminuindo a quantidade de microorganismos em suspensão dentro do equipamento.
Já os shoppings centers têm utilizado soluções de higienização dos corrimãos das escadas rolantes através de incidência de radiação ultravioleta.
Porém, os cuidados também fazem parte do dia a dia dos usuários. Durante esse momento excepcional, o uso de máscara, a higienização constante das mãos e o distanciamento com o respeito ao limite de pessoas no mesmo elevador, são ações que também auxiliam a evitar a propagação do vírus.
Por fim, orientação e comunicação estão no topo da lista das tarefas para os edifícios residenciais e comerciais. Apostar em treinamento para que os funcionários atuem corretamente quanto à higienização dos equipamentos, comunicar usuários por meio de informativos ou mídia eletrônica dentro dos elevadores sobre a importância de seguir as novas normas, e até valer-se de adesivos e outros recursos que reforcem a informação sobre atitudes básicas pessoais e coletivas, é prioritário neste novo cenário.
(*) Fabiano Augusto Kluppel é Gerente Geral de Instalações e Comercial – Cidade de São Paulo, da Atlas Schindler.