Composteira em prédio
Moradores plantam hortaliças em edifício de SP
Condomínio em São Paulo tem composteira feita pelos moradores
Processo permitiu a plantação de couve, rúcula e outras hortaliças. Além de destinar o lixo, moradores economizam dinheiro com a iniciativa
As técnicas da agricultura se tornaram populares nas cidades com a formação das hortas urbanas. Um condomínio em São Paulo desenvolveu um espaço para cultivar hortaliças e para fazer compostagem.
Para montar a horta e o espaço de compostagem, os moradores escolheram um local do prédio onde se jogava entulho. Hoje, além de transformarem restos de comida em adubo, eles têm couve, rúcula, beterraba e outras plantações que são distribuídas entre os condôminos.
Esta divisão também acontece para encher a composteira. Todos separam o lixo e despejam os restos dos alimentos em um carrinho. Quando este compartimento está cheio, seu conteúdo é jogado em um tambor.
Uma das grandes dificuldades para implementar esse sistema foi o cheiro. As pessoas não queriam, nas dependências do condomínio, restos de comidas acumulados, fermentando e exalando mau cheiro.
A solução foi colocar uma camada de folhas secas depois da camada de restos de alimentos. As folhas são responsáveis por impedir a liberação do mau cheiro.
A bióloga Ana Bonassa explica que conforme o alimento apodrece ele libera gases por causa da abundância de nitrogênio. A serragem, a palha ou a folha seca têm bastante carbono, quando esses componentes são misturados há um controle do nitrogênio e o cheiro diminui.
O resultado da compostagem surge 2 meses depois. Se trata de um substrato, que é uma terra de boa qualidade para plantar.
Além do adubo, o processo trouxe redução de custos para o condomínio, já que não precisa mais comprar tantos sacos de lixo quanto antes de montar a composteira.
Outra vantagem é o aprendizado das crianças, que desde cedo, descobrem o ciclo do lixo e como ele impacta a natureza ao ser descartado.
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