Condomínio embargado
Construção de empreendimento em Trancoso é parada pela Justiça
O caso da índia pobre e o condomínio de luxo
A desembargadora Gardênia Duarte, do TJ baiano, concedeu liminar embargando as obras do Reserva Fasano Trancoso, tido como um dos empreendimentos imobiliários mais luxuosos do Brasil, com o primeiro Hotel Fasano pé na areia do país, num projeto que inclui lotes cujo preço mais barato, um de três mil metros, é R$ 2,9 milhões.
O reclamante em apreço é a índia Joaquina Martins, dona de 28 hectares dos mais de 300 onde o empreendimento está sendo implantado, em Trancoso, Porto Seguro.
E é aí que entra o lado mais instigante do caso. Joaquina era uma índia pobre e humilde com menos de 14 anos lá pelo início dos anos 70 quando foi estuprada pelo filho do dono das terras, que fez dois filhos nela.
Como forma de compensá-la e abafar o caso, ele doou os 28 hectares com documento e tudo registrado. O grupo Fasano não tomou conhecimento.
Agora, após a liminar que embargou as obras, os advogados do Fasano entraram com uma petição dizendo que, se é verdadeira a documentação de Joaquina, que se pare as obras só na parte em lítígio.
Henrique Tanajura, advogado da índia, adorou o posicionamento: ‘Confessou’.
Descuido
E o juiz Fernando Machado Paropat, de Porto Seguro, tem tido um comportamento estranho no caso. Chegou a marcar uma audiência de justificação (apresentação de documentos) e depois confessou nos autos que marcou ‘por engano’.
Fonte: http://atarde.uol.com.br/