Condomínios de luxo atraem os maringaenses
Juliana Fontanella
O sol de verão deixa o fim de tarde ainda mais iluminado. A caminho de casa, depois do trabalho, uma parada rápida para pegar as crianças no clube e o mascote da família no pet shop. Pouco a pouco o trânsito pesado do Centro fica para trás e o ritmo desacelera. Esta é a descrição de parte da rotina de quem escolhe o condomínio horizontal para viver.
A maioria dos moradores ainda não chegou aos 40 anos e busca a tranquilidade de ver os filhos livres para explorar o terreno, andar de bicicleta e fazer amigos com liberdade e segurança sem abrir mão do luxo de uma casa ampla e confortável.
O arquiteto e urbanista Gil Cezar Rosa da construtora Wegg-CCII é um dos responsáveis pelos projetos que transformam esse sonho de viver com qualidade de vida em realidade. O conceito que vai nortear o projeto surge a partir da expectativa de quem vai morar no condomínio.
"O primeiro quesito de quem quer morar em um condomínio fechado é a segurança, por isso, as casas são divididas por lotes em áreas fechadas que precisam aliar espaço, comodidade e tranquilidade", explica Rosa.
O morador desse tipo de empreendimento também procura um diferencial: qualidade de vida.
Boa parte dos condomínios fechados fica em áreas afastadas do Centro e isso se torna uma vantagem quando se procura privilégios como ouvir o "silêncio" e o cantos dos pássaros. Outra vantagem é que os bairros planejados oferecem qualidade de vida a um custo menor do que uma residência ou apartamento em áreas centrais.
De acordo com a professora do curso de Gestão de Negócios Imobiliários do Cesumar (modalidade Educação a Distância), Claudete Iwata, a segurança que os condomínios fechados oferecem é incontestável. Em Maringá, além da proteção, os moradores contam com espaços que se harmonizam com o conceito de cidade planejada.
A legislação do município contribui para que os projetos sejam incorporados ao conceito urbanístico do município. "A lei exige que os portões de entrada sejam de frente para rua e que os condomínios mantenham áreas verdes", explica a professora.
Viabilidade
Segundo a imobiliarista, existe uma demanda por condomínios fechados não apenas no segmento luxo, mas na classe média. "Hoje se tivéssemos residências com valores em torno de R$ 400 mil venderíamos com facilidade", garante. Projetos neste perfil tem o mesmo volume de interessados que os projetos do Minha Casa, Minha Vida".
A maioria dos condomínios horizontais está entre cinco e quinze minutos do Centro e uma das razões é a valorização dos terrenos na área central que pesa na planilha de custos das obras. "Os condomínios horizontais no perímetro urbano se tornaram inviáveis porque os proprietários de áreas brutas só vendem para os empreendedores praticamente pelo valor atual dos condomínios prontos.
Depois dos investimentos em infraestrutura, o custo do condomínio seria proibitivo", esclarece o diretor da Wegg-CCII, Waldemar Guiomar. "Os condomínios Portal de Segóvia, Azaleia Park e Vinhedo - da Wegg-CCII - se destacam por estarem localizados em áreas mais próximas do Centro (até cinco minutos)", explica Gil Cezar Rosa. "Se fôssemos executá-los hoje, o preço de venda teria uma diferença de mais de 200%".
Moradores
O arquiteto Gil Cezar Rosa estuda o perfil do moradores para que cada condomínio oferece a infraestrutura mais próxima daquela sonhada pelas famílias. Eles diz que nos condomínios horizontais de Maringá predominam famílias de até cinco pessoas. "Os pais têm entre 35 e 40 anos e são empresários, comerciantes, profissionais liberais ou executivos", afirma.
Em se tratando de condomínios há quem imagine casas padronizadas, mas não é bem assim. Rosa explica que os projetos seguem normativas como metragem, áreas de recuo, taxas de ocupação do solo, número de pavimentos. A identidade de cada morador é enfatizada pela arquitetura da edificação que prevê uma grande variedade de cores, estilos e modelos.
Fonte: http://maringa.odiario.com
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