Em Mato Grosso, com a perspectiva de crescimento nas vendas, a tendência é que é que as os lotes residenciais e imóveis disponíveis durem pelo menos dez meses. Ou seja, sem novos lançamentos, a disponibilidade de ofertas deve se esgotar dentro deste período. Em tempos normais, número chega aos 15 meses.
Condomínios fechados
Lançamento de lotes aquece mercado em MT
Aumento de condomínios fechados impulsiona vendas de materiais de construção em Várzea Grande (MT)
Pelo menos 20 condomínios fechados foram lançados nos últimos cinco anos, o que aqueceu o setor imobiliário e de construção civil.
A busca por casas em condomínios fechados, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, aqueceu o mercado imobiliário e o setor de construção civil. Pelo menos 20 condomínios fechados foram lançados nos últimos cinco anos, de acordo com dados de construtoras instaladas na cidade. Os investimentos resultaram na entrega de pelo menos 13 mil apartamentos.
De acordo com o levantamento do Observatório da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), o setor de construção civil está entre os cinco que mais cresceram em Várzea Grande.
O diretor de uma construtora, Julio Braz, disse que a tendência é que as vendas continuem em alta pelos próximos anos.
Quem compra terrenos, precisa construir. Com isso, as lojas de materiais de construção têm registrado aumento nas vendas.
Em uma das maiores lojas da cidade, as vendas aumentaram cerca de 4%. O proprietário David Pintor disse que durante a pandemia o movimento ficou maior.
"Como o setor de material de construção não fechou as portas, foi possível manter as vendas. O auxílio emergencial também ajudou muito. Com essa nova renda, as pessoas conseguiram comprar e investir em materiais para reforma e construção da casa", explica.
Segundo David, a pandemia fez com que as pessoas buscassem mais conforto em casa, já que é o lugar onde passaram a ficar a maior parte do tempo.
O empresário disse que os produtos mais procurados no período foram os materiais básicos como cimento, tijolo e ferro.
O aumento na demanda também influencia nos preços. Em todo o estado, o preço dos materiais de construção aumentou até 161% nos últimos 12 meses. Os dados são do Sindicato das Indústrias da Construção de Mato Grosso (Sinduscon) e da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Segundo o levantamento, os 25 itens que compões a lista de materiais que fazem parte do cálculo do Custo Unitário Básico por metro quadrado (CUB/m²) tiveram aumento. Entre os produtos, os que mais encareceram foram o aço, com um aumento de 161%, o fio de cobre, com 103% e a placa de gesso liso, com 97% de acréscimo no custo.
De acordo com Pedro Máximo, coordenador do Observatório da Fiemt, o auxílio emergencial acabou gerando uma renda maior e isso impactou em um grande volume de insumo na economia.
Além disso, ele afirmou que também houve aumento nos insumos para a produção desses materiais, como as indústrias de concreto do estado também sentiram.
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