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Condomínios populares

Novos empreendimentos apresentam problemas estruturais sérios

terça-feira, 18 de junho de 2013
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 Problemas em condomínios populares financiados pela Caixa são alvo de investigação do Ministério Público Federal

Falhas estruturais geram queixas de moradores de cinco condomínios na Região
 
Os procedimentos administrativos se referem a três condomínios em Canoas, um em Esteio e um em Sapucaia do Sul. Os imóveis foram financiados pelo Programa de Arrendamento Residencial (PAR) da Caixa - anterior ao Minha Casa, Minha Vida - voltado a pessoas de baixa renda. A situação mais crítica é no Condomínio Oirandé, no bairro Igara, em Canoas. Ele tem sete prédios, cada um com 16 apartamentos. No local, é possível observar rachaduras e infiltrações. O condomínio foi entregue em 2004. 
 
- Já tinha saído da garantia e eles (construtora) falaram que não tinha o que fazer. Como moradora, não posso deixar meu apartamento alagar cada vez que chove. Eu e um colega tivemos que subir no telhado para sanar o problema - diz a policial militar Gerusa Costa da Silva Amaral, que mora no último andar. 
 
O apartamento térreo da assistente administrativa Luciene Pozela tem rachaduras no teto. Ela critica a postura da construtora.
 
- Fiz toda a reforma. Mas ainda vaza água do banheiro ou da cozinha do morador de cima através das rachaduras no teto. A construtora alega que é mau uso - afirma Luciene. 
 
Os imóveis foram financiados para 15 anos. O valor do imóvel, pela época, é de R$ 29 mil.
 
- Ficou atestado pela perícia do próprio Ministério Público Federal que ele (o condomínio) apresenta risco, mas não iminente. Se os problemas persistirem e não forem consertados, podem ocasionar algum perigo - diz o procurador da República em Canoas, Pedro Antônio Roso.
 
A construtora Kaefe afirma que os problemas de estrutura relatados pelos moradores resultam de falta de manutenção da edificação, mas pediu 30 dias ao Ministério Público para verificar a possibilidade de algumas falhas serem consertadas. Já a Caixa Econômica Federal se comprometeu a encaminhar os laudos do MPF e da construtora para a análise do setor de engenharia. O banco deve se pronunciar dentro de 60 dias.
 
Os procedimentos administrativos do Ministério Público Federal buscam uma conciliação entre construtoras, administradoras dos condomínios e moradores. Problemas nos residenciais Olaria e Florença, em Canoas, e no condomínio Floresta, em Esteio, também já foram debatidos. Em todos os casos, estão correndo prazos para manifestação das partes e consertos já combinados. 
 
Na próxima segunda-feira (17), será a vez do condomínio La Vitória, em Sapucaia do Sul, ser tema de uma reunião no MPF.

Fonte: http://gaucha.clicrbs.com.br/

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