Garagens ficam mais amontoadas e causam polêmica nos prédios
quarta-feira, 3 de abril de 2013
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De bicicleta a fogões, tem de tudo nas garagens. Quem deixa tudo nesses espaços tem direito ou pode ter problemas no condomínio?
Na maior cidade do Brasil, parece que anda faltando espaço para guardar tudo dentro de casa. É um problema que, ultimamente, vem tumultuando muitas vizinhanças. Tem garagem virando depósito. Alguns moradores de condomínios de São Paulo andam muito indignados. É que as garagens dos prédios estão se transformando numa espécie de “quarto da bagunça”.
Tudo está amontoado: um fogão industrial, uma cama desmontada, uma poltrona, um carrinho de feira e muitas bicicletas. A garagem do prédio mais parece um quintal desorganizado. “Se que não cabe no apartamento e passar a deixar na garagem, daqui a pouco vão estar provavelmente cozinhando na garagem”, diz a artesã Sônia dos Santos.
O advogado Júlio Alfaris encostou a porta no canto e diz que é por pouco tempo. “É a falta de espaço, quando é provisório dá para entender. Agora, quando fica definitivo, vira deposito de entulho. Em todo prédio, são 80 famílias. Se não tiver flexibilidade, é briga em cima de briga”, afirma.
Foi por causa dos armários na vaga do carro que a executiva Iolanda Matos e Silva comprou o apartamento. É onde estão guardados os enfeites de natal, as lâmpadas e os cabos fora de uso.
“Como eu comprei do síndico que, supostamente é uma pessoa que entende do regulamento interno do prédio e eu tenho recibo, então fiquei mais tranquila. A ideia era que as pessoas que têm dificuldade precisam de espaço no apartamento. Então, elas aproveitam o espaço da garagem e colocam armários padronizados, pois, esteticamente, fica melhor”, propõe Iolanda.
A reforma acabou e sobraram algumas caixas de piso, que foram deixados no cantinho pela subsíndica Sandra de Souza. “Quebra um cano e precisa quebrar um azulejo, isso é uma reserva que eu guardo para precisar trocar”, explica Sandra de Souza.
“O pessoal chega a reclamar para mim, só que eu não posso chegar e recolher um material que fica na garagem, porque até mesmo vou arrumar confusão com os condôminos”, diz o zelador Everaldo França.
A atual síndica, Silmara Oliveira, está mergulhada em dúvidas. “Muitas vezes a gente pede para o condômino tirar e ele acha que não. A dúvida é: pode por o armário? Não pode por o armário? No regulamento, que é de 1984, não se pode colocar nada”, informa a síndica.
Na garagem de outro prédio está todo material de construção que foi usado na reforma de um apartamento. O dono pediu para deixar no local por uma semana. Já se passaram duas, e ele não deu previsão de quando vai tirar. Foi assim também com a adega, com os tanques de lavar roupa, com as cadeiras e com o carrinho de supermercado. Em vários pontos da garagem tem alguma coisa esquecida, como até um para-choque.
“Tem de ter jogo de cintura, que é para não ficar chateado, não brigar com a gente e terminar tudo na paz. Com uma conversinha ao pé do ouvido, conversa daqui, conversa dali, vamos tentando convencê-los do que não pode”, conta o gerente do condomínio Almir Carvalho.
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