Coronavírus em SP
AABIC recomenda adiamento de assembleias
Por coronavírus, AABIC recomenda adiamento de assembleias de condomínios em São Paulo
Associação também sugere intensificação de limpeza em áreas comuns, prática de home office de parte da equipe e procedimentos em caso de moradores diagnosticados com a doença
A Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC), maior entidade representativa do segmento no Estado, distribuirá hoje uma circular às suas administradoras com orientações de prevenção e contra o avanço do contágio do novo coronavírus (Covid-19) em condomínios de todo o Estado. O objetivo é conscientizar síndicos e condôminos sobre novos hábitos para quem compartilha espaços comuns, em caráter preventivo para assegurar o bem-estar da população.
Uma das principais recomendações da AABIC é indicar às administradoras que orientem os síndicos dos empreendimentos a adiar a convocação de assembleias ou reuniões presenciais. A orientação atende aos alertas emitidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo Ministério e Secretarias de Saúde para cancelamento de eventos com aglomerações de pessoas como medidas restritivas.
No material, a AABIC também orienta as administradoras a recomendar aos empreendimentos a intensificação da limpeza no percurso de chegada dos moradores, dando atenção especial a corrimãos, botões de elevadores e maçanetas. Isso porque, segundo o Ministério da Saúde, a transmissão do vírus pode ocorrer a partir do toque em objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos. A Associação também sugere que os condomínios disponibilizem dispensadores de álcool gel nas áreas de circulação.
A AABIC ainda esclarece que, em caso de confirmação de morador com coronavírus, a vigilância Epidemiológica de São Paulo deverá ser informada para fornecer as orientações pertinentes. Com essa informação, o síndico pode comunicar aos demais condôminos sobre a confirmação da doença no condomínio, sem, contudo, revelar a identidade do morador. “A pessoa contaminada ficará em quarentena domiciliar monitorada, expô-la aos demais não ajuda a controlar a disseminação do vírus”, afirma José Roberto Graiche Júnior, o presidente da AABIC. “Nesse caso o melhor a se fazer é reforçar as orientações de limpeza e precaução”, orienta.
Graiche Junior também alerta os condomínios que devem evitar cair na armadilha de limitar suas ações de comunicação a grupos específicos de pessoas ou etnias. ”Essas atitudes são consideradas eticamente condenáveis e até ilegais, configurando preconceito e xenofobia”.
Por fim, a AABIC deve sugerir que os condomínios, além das próprias administradoras, repensem a rotina de trabalho, com criação de horários alternativos para reduzir o trânsito de funcionários e, quando for possível, incentivar o trabalho remoto, em modelo home office.
Fonte: AABIC.