Corte de água
Administradora recebeu e não repassou dinheiro do condomínio à Sabesp
Moradores temem corte de água em condomínio por contas atrasadas
Dinheiro foi entregue à administradora, mas não chegou à Sabesp. Dados apontam que atrasos ocorrem há 5 meses; dívida chega a R$ 5,3 mil. Problemas com o pagamento da conta de água em um conjunto habitacional da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), em Itapetininga (SP), resultou em ação na justiça. Os moradores contam que pagaram a conta para uma empresa terceirizada contratada pela administração do condomínio, mesmo assim, correm o risco de ter o abastecimento cortado. É que essa empresa não teria feito o repasse do dinheiro para a Sabesp, concessionária responsável pelo serviço de água e esgoto na cidade.
A notícia de que o corte de água poderá ser feito a qualquer momento trouxe revolta aos moradores. A pensionista Eunice de Oliveira Machado está indignada. Com os comprovantes dos pagamentos feitos a administradora, ela cobra uma solução. Segundo ela, nem o sindicato e nem a terceirizada prestam esclarecimentos.
“Por que tinha essa assessoria por trás e por que o sindicato não esclarece para nós o que está acontecendo? Nem a empresa esclarece. Eles dizem que estão pagando e que vai demorar a cair. Ficamos ‘enrolando’ a gente. Nosso medo é que acabemos sem água”, protesta.
Ainda de acordo com os moradores, o valor da divida é de R$ 5.334 referente à falta de pagamento do consumo de água dos últimos cinco meses. A informação da Sabesp é de que o dinheiro não foi repassado.
O pensionista Cláudio Henrique Pires conta que ao procurar a Sabesp, a solução apresentada foi que os condôminos dividissem a dívida.
“Disseram que a solução era fazer um acordo entre os 32 apartamentos e dividir a dívida para todos. Mas isso não é justo. É a mesma coisa que você comprar uma coisa na loja e pagar, mas depois a loja cobra de você de novo. Ninguém aqui tem dinheiro sobrando. Ninguém ganha bem para ficar pagando duas vezes a mesma conta”, reclama.
O vendedor Tiago Carneiro conta que já tentou entrar em contato com os responsáveis, mas não conseguiu nenhuma resposta. “O escritório está abandonado há sete meses. Quando a gente liga lá, falam que vão resolver a situação, mas até agora nada”, afirma.
Por telefone, o advogado da empresa que presta assessoria disse que a divida foi deixada por subsíndicos do condomínio. Eles não teriam feito o pagamento por motivo desconhecido.
Segundo ele, o caso já está na justiça e eles aguardam decisão do juiz para tomar providências.
A equipe de reportagem tentou contato com o síndico do condomínio diversas vezes, mas ele não foi encontrado para falar sobre o assunto.
Fonte: http://g1.globo.com/