Professor denuncia crime ambiental em condomínio de Porto Velho
Em tempos de preservação ambiental, respeito à biodiversidade, preservação da natureza e outras causas ecológicas defendidas pelo mundo afora, um péssimo exemplo de devastação ambiental de grandes proporções pôde ser comprovado em um condomínio da Zona Norte de Porto Velho. O condomínio residencial Parque dos Pequiás II, localizado próximo a Avenida rio Madeira na saída para o Parque Ecológico, era um dos mais arborizados da cidade. Com várias árvores frutíferas e frondosos jambeiros plantados há mais de 20 anos e sendo morada de várias espécies de pássaros e até outros animais, era comum aos moradores acordarem com o canto da passarada. À tarde, nas suas amigas sombras, crianças brincavam descontraídas aos seus pés. Só que tudo isto, infelizmente, faz parte do passado.
A atual síndica, simplesmente junto com a administradora de condomínios onde trabalha, permitiram uma devastação ambiental sem precedentes em toda a área comum do residencial. E ao que parece não houve a aprovação total por parte dos condôminos para que tal barbaridade fosse feita. Um enxame de abelhas foi incinerado na presença de todos os moradores e os insetos foram mortos e exterminados com a fumaça que entrou nos apartamentos. Vários ninhos de pássaros foram jogados ao chão sem dó nem piedade. Segundo a síndica, a culpa não é dela, mas sim, dos rapazes que fizeram o serviço sem nenhuma orientação.
Sem apresentar aos moradores que reclamavam, até o presente momento, nenhuma autorização que, segundo a síndica, havia sido expedida pela SEMA ou mesmo um projeto de arborização viável e discutido em conjunto com todos os condôminos, as motosserras e machados adentraram o recinto e cortaram quase todas as árvores a esmo. Os pássaros foram embora, claro, e o calor fará agora parte da rotina dos moradores. Num bate-boca com um dos moradores inconformado com a devastação, ela disse que não podia se responsabilizar por tal atitude, pois estava no trabalho e os serviçais contratados para a poda, exageraram na dose. A empresa que diz administrar o condomínio Piquiás II, até o presente momento, segundo alguns condôminos, também não se manifestou sobre o crime ambiental.
Alguns moradores reclamam que o condomínio se parece com a Rua da Beira com tantos buracos e ninguém faz nada.
“Quem diz que administra, deve levar em consideração a vontade da maioria”, alertou um morador que não quis se identificar. “A SEMA pode até ter dado esta autorização, mas certamente também exagerou na dose e como não se preocupou em fiscalizar ou orientar, passa a ser cúmplice de um crime ambiental que devia evitar, pois é paga pelos contribuintes para isso”, alertou outro morador. Diante das circunstâncias e das inúmeras denúncias, o serviço foi paralisado temporariamente e com chegada dos fiscais da SEMA verificou-se que o órgão havia dado a licença.
Dessa forma, a própria SEMA presenciou “in loco” toda a devastação e nada fez de concreto. No final, foi dada apenas uma notificação e foi pedido para que a síndica replantasse cada árvore derrubada. Como ninguém vai pagar por mais este crime contra a natureza, os pássaros, as abelhas e outros animais mortos covardemente e os moradores inconformados, que se danem.
Fonte: http://www.rondoniadinamica.com/
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