Condomínios devem ficar atentos contra a dengue
Condomínios podem esconder focos de dengue. Combate ao mosquito transmissor deve se estender às áreas comuns, como jardins, piscina, caixa d’água e fosso de elevadores, alerta a Lello.
Os condomínios residenciais de São Paulo devem estar em alerta máximo para remover os possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, nas áreas comuns, evitando que a doença avance no próximo verão. A orientação é da Lello, empresa líder em administração de condomínios no Estado.
Há 283 municípios paulistas com risco alto ou muito alto de dengue no próximo ano, incluindo a capital paulista, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, que alerta: a entrada do tipo 4 do vírus da dengue no Estado, em 2011, torna as pessoas mais suscetíveis a desenvolver a doença, já que não estão imunizadas contra ele. Além disso, há o risco de re-infecções por diferentes tipos de vírus, o que pode ocasionar formas graves da doença, como a dengue hemorrágica.
“O esforço conjunto de síndicos, funcionários e moradores, aliado ao trabalho das autoridades em saúde, é fundamental para evitar que as pessoas adoeçam com dengue”, afirma Angélica Arbex, gerente de Marketing da Lello Condomínios.
Por isso, nos condomínios, a administradora orienta para que haja cuidados redobrados não somente no interior dos apartamentos, evitando acúmulo de água parada em recipientes como vasos de planta, garrafas e latas, mas também nas áreas comuns como jardins, piscina, caixa d’água, fosso de elevadores, ralos externos, marquises e canaletas de drenagem para água da chuva (veja dicas abaixo)
No Estado de São Paulo foram registrados neste ano, de janeiro a setembro, 82,9 mil casos de dengue. O número é 57% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado.
Na cidade de São Paulo houve em 2011, até setembro, 4.315 casos da doença. Os dados são do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado (CVE).
Cuidados necessários nas áreas comuns dos condomínios
Ralos externos e canaletas de drenagens para água da chuvas: usar tela de nylon para proteção ou colocar sal semanalmente.
Ralos internos de esgoto: colocar tampa abre-e-fecha ou tela de nylon (trama de um milímetro) ou, ainda, duas colheres de sopa de sal, no mínimo, semanalmente.
Lajes e marquises: manter o escoamento de água desobstruído e sem depressões que permitam acúmulo de água, eliminando eventuais poças após cada chuva.
Calhas: manter sempre limpas e sem pontos de acúmulo de água.
Fossos de elevador: verificar semanalmente se existe acúmulo de água, providenciando o escoamento por bombeamento.
Vasos sanitários sem uso diário: manter sempre tampados, acionando a descarga e semanalmente; caso não possuam tampa, vedar com saco plástico aderido com fita adesiva. Não sendo possível a vedação, acionar a válvula semanalmente, adicionando a seguir duas colheres de sopa de sal.
Caixas de descarga sem tampa e sem uso diário: tampar com filme plástico ou saco plástico aderido com fita adesiva.
Pratos e pingadeiras de vasos de plantas: substituir a água por areia grossa no prato ou pingadeira, até a borda.
Caixas d´água: mantê-las vedadas (sem frestas), providenciando a sua limpeza periodicamente.
Piscinas em período de uso: efetuar o tratamento adequado com cloro.
Piscinas sem uso freqüente: reduzir o máximo possível o volume de água e aplicar, semanalmente, cloro na dosagem adequada ao volume de água.
Recipientes descartáveis: acondicionar em sacos de lixo e disponibilizá-los para coleta rotineira da limpeza pública.
Bromélias: substitua por outro tipo de planta que não acumule água. Enquanto esta providência for adotada, regar abundantemente com mangueira sob pressão, duas vezes por semana.
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