Condomínios atingidos por chuva são símbolos de obras problemáticas
Moradores convivem com problemas desde a inauguração de residenciais
Os problemas nas estruturas dos condomínios Leonel Brizola e Nelson Trad, em Campo Grande, não surgem somente em dias de chuva, como ocorreu neste sábado (11), afirmam os moradores. Os mutuários disseram que desde quando entraram nas moradias a situação já ficou evidente, somando os residenciais às obras problemáticas da Capital.
No caso do Residencial Leonel Brizola, no Jardim Tijuca, um dos mais atingidos pela chuva de hoje, os moradores reclamam de inúmeras infiltrações, rachaduras nas paredes e estrutura frágil.
No Residencial Nelson Trad, no Jardim Carioca, inaugurado em junho de 2014, a situação não é diferente. Os mutuários chegaram a protestar na Câmara Municipal por conta de problemas como rachaduras, goteiras, infiltrações e mofo.
O condomínio de casas, inclusive, leva o nome de Nelson Trad, pai do ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), cujos mandatos foram marcados por obras problemáticas, a exemplo da revitalização da Avenida Júlio de Castilho, que custou mais de R$ 18 milhões, mas não resolveu até hoje os problemas de uma das vias mais movimentadas da Capital.
Além disso, há reclamações da qualidade de obras que desmancham com a chuva, por exemplo, e questionamentos sobre o serviço de tapa-buraco na Capital, que é executado por várias empresas. Uma delas é a Proteco, de propriedade do empresário João Amorim.
Na quinta-feira (9), inclusive, a Polícia Federal, CGU (Controladoria-Geral da União) e MPF (Ministério Público Federal), cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do empreiteiro. Sua empresa, a Proteco, segundo a PF, é a principal investigada, por chamar a atenção em virtude do domínio sobre licitações com o poder público.
Dados disponíveis no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), dão conta de que, entre julho de 2014 e deste ano houve alterações em seis contratos com o Executivo Municipal, enquanto os empenhos – reservas de recursos para pagamento – à empresa referentes a janeiro, por exemplo, somam R$ 5,4 milhões.
Problemas
No Residencial Leonel Brizola, moradores relataram diversos problemas, como infiltrações, paredes rachadas e defeitos na estrutura, como escada e até mesmo torneiras. Marly Maria Sales de Araújo, 58 anos, afirma que há seis meses tem uma goteira no banheiro e ninguém da empresa responsável pela obra, no caso, a VBC Engenharia, foi até o local consertar o problema.
Para Edna Feitosa dos Santos, o sonho da casa próprio virou um tormento, pois, desde que se mudou, os problemas começaram: uma das torneiras trincou e paredes do banheiro e do corredor racharam.
Fonte: http://www.midiamax.com.br/
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