Incorporadoras desenvolvem projetos de R$ 1,7 bi
Alexandre Melo
Potenciais compradores de imóveis de padrões econômico e médio são os principais alvos das incorporadoras paulistanas que terão nos próximos dois anos projetos que movimentarão R$ 1,7 bilhão no Grande ABC. Preços mais barato dos terrenos atraem as empresas, e consequentemente, os moradores da Capital.
Após nove meses de negociação, a AK Realty adquiriu terreno de 20 mil metros quadrados no Centro de São Bernardo e iniciou a negociação de área em São Caetano capaz de abrigar torres residenciais, comerciais e um shopping center. Nos próximos dois anos, os projetos terão valor de venda estimado de R$ 1,3 bilhão.
No empreendimento são-bernardense serão seis torres residenciais, sendo que na primeira fase serão erguidas três. O lançamento, previsto para novembro, terá unidades com um dormitório, tipo de imóvel com pouca oferta na região. O potencial de venda soma R$ 300 milhões.
SÃO CAETANO
Segundo o diretor de incorporações Marco Antonio Ferreira Canaes, a região tem alto potencial para o setor imobiliário, mesmo São Caetano, cujos 15 km² de território já são ocupados por 1.006 edifícios.
"Estamos negociando um terreno em São Caetano, onde poderemos construir torres com apartamentos de três dormitórios, escritórios e um shopping", afirma.
O executivo não revelou qual o bairro, entretanto, empresários do mercado imobiliários ouvidos pela equipe do Diário pontuam que as regiões da linha férrea e das avenidas Kennedy, dos Estados e Guido Aliberti têm áreas disponíveis. Uma opção é juntar diversos terrenos para fazer o desenvolvimento imobiliário.
Canaes acredita que o município ainda tem mais espaço para um centro de compras, setor que a AK Realty, braço imobiliário do Grupo Induscred, começou a atuar neste ano, após a comprar por R$ 11,2 milhões o prédio antigo de um shopping em Limeira (SP). A incorporadora negocia outra área no Centro da Capital para erguer seu segundo shopping.
DIADEMA - Considerada a bola da vez para os investimentos imobiliários, Diadema é o foco da GMK Incorporadora, que tem projetos de imóveis comerciais e residenciais no Centro. São 1.744 unidades em construção e outras 297 em lançamento. O diretor de operações, Rodrigo De Santi, calcula que os projetos têm valor geral de vendas de R$ 400 milhões. "Queremos ampliar nossa presença no Grande ABC, por isso estudamos negócios em São Bernardo."
Grande ABC atrai principalmente jovens casais
Casais com idade entre 25 e 35 anos vindos da Capital estão entre os principais compradores nos plantões de venda instalados na região. Pesquisa da empresa Lello Condomínios mostra que as famílias que pretendem trocar a casa pelo apartamento nos próximos anos têm essa faixa etária e já possuem um filho.
Segundo a Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC, esses casais têm renda média de R$ 4.000 e buscam empreendimentos que oferecem opções de lazer para os moradores.
Apesar de São Bernardo, São Caetano e Santo André terem registrado maior volume de vendas, respectivamente, durante o primeiro semestre, as cidades de Diadema e Mauá despontam na preferência tanto dos incorporadores da região quanto dos paulistanos.
PREÇO
Para o diretor comercial e de marketing da andreense MZM Construtora, Hélio Korehisa, esses dois municípios tiveram valorização média de 50% nas áreas em apenas dois anos, com o metro quadrado construído custando em média R$ 3.800.
O executivo da MZM destaca que os imóveis na região custam menos que em bairros paulistanos vizinhos como Vila Prudente ou Sacomã, cujos metros quadrados são vendidos por R$ 7.500. Em São Caetano, o valor médio é de R$ 6.000. Em Santo André, R$ 4.500, e São Bernardo, R$ 4.200. A construtora prepara lançamentos para Diadema e São Caetano, sendo que nessa cidade o potencial de venda médio chega a R$ 200 milhões.
Fonte: http://www.dgabc.com.br
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