Condomínios gastam até R$ 7 mil com decoração natalina, em Manaus
Ornamentação mais sofisticada do prédio pode elevar custos da decoração.Apesar do uso maior de artigos luminosos, consumo de energia é reduzido.
Com a proximidade do período natalino, os condomínios iniciam a instalação dos enfeites e artigos decorativos alusivos ao Natal. Para entrar no clima festivo, muitos investem alto na decoração, que, em alguns prédios, chega a custar R$ 7 mil, em Manaus.
De acordo com o Roberto Rodrigues, diretor administrativo da empresa RPW Predial, que é responsável por administrar 60 condomínios na capital do Amazonas, dependendo da escolha os custos com enfeites natalinos são elevados, porque envolve além dos artigos decorativos envolvem parte elétrica e iluminação.
Mesmo que não haja competição com ou sem premiação de melhor ornamentação predial em Manaus, geralmente promovidas por prefeituras municipais e sindicatos de condomínios no país, os investimentos na ornamentação dos prédios da capital são altos, variando entre R$ 2.500 e R$ 7 mil.
“Dependendo do tipo de ornamentação escolhida pode pesar no orçamento do condomínio. Um simples pinheiro na entrada do condomínio não sai tão caro, mas se for iluminação da cabeceira do prédio até o térreo fica pesado na questão orçamentária. A decoração natalina não é barata, principalmente quando utilizar fiação e a parte elétrica, somado ainda ao aumento do custo com energia do condomínio, por menor que seja vai implicar nos gastos com o fornecimento. Para condomínio qualquer custo acima de R$ 1.500 é elevado, porque ele não tem fins lucrativos”, explicou o especialista.
O rateio dos custos com decoração natalina é realizado através da previsão orçamentária anual preestabelecida na convenção do condomínio. “Por exemplo, na decoração que envolve o consumo de energia, com certeza, os condôminos não vão pagar por esse custo, porque a cota já estava determinada na previsão orçamentária. Por isso, o síndico deve ficar atento até onde essa decoração pode comprometer o orçamento do condomínio”, destacou Roberto Rodrigues.
Em Manaus, na maioria dos casos, a escolha do tipo e quantidade dos materiais da decoração natalina do prédio não é definida pelos condôminos.
“De modo geral, quem coordena esse processo de decoração do condomínio é o síndico eleito ou, às vezes, o subsíndico ou algum representante do conselho. É raro o condomínio que leva essa discussão da escolha para assembleia. A minha opinião é que seria ideal se essa decisão fosse debatida em assembleia geral, porque se trata de um custo extra. Daí a necessidade de ser pauta das discussões com os condôminos”, enfatizou o representante.
Consumo de energia
Embora a população utilize as luzes natalinas e outros enfeites luminosos que requerem energia elétrica, o consumo dessa fonte energética não apresenta aumento em Manaus nos meses de novembro e dezembro. A afirmação é da própria concessionária Eletrobras Amazonas Energia.
Segundo a empresa, o que ocorre é uma redução no consumo de energia em Manaus por conta da queda de temperatura diretamente relacionada ao verão amazônico. A Amazonas Energia atribuiu ainda a essa redução às férias coletivas das escolas e de algumas indústrias da capital. “Não há risco de sobrecarga no sistema porque a empresa está preparada para atender aos maiores picos de consumo do ano. Esses picos já ocorreram nos últimos três meses. A empresa está preparada com reserva superior a 10% (referente aos meses de alto consumo). Nos meses de novembro, dezembro e janeiro, essa reserva tende a ser maior em função da redução de temperatura e a consequente redução no consumo de energia”, assegurou a Eletrobras Amazonas Energia.
No período de agosto a outubro, a população da capital tradicionalmente consome mais energia elétrica em virtude das elevadas temperaturas, isso porque para amenizar o calor a população passa a utilizar mais aparelhos de ar-condicionado. No dia 30 de outubro, foi registrado o pico histórico de consumo de energia (1.346 MW) ocorrido em Manaus este ano.
Fonte: http://g1.globo.com
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