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Manutenção

Desabamento em Fortaleza

Responsabilidade do ocorrido ainda não foram definidas

quarta-feira, 24 de junho de 2015
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Três meses depois de acidente no edifício Versailles, responsabilidade do desabamento não é definida

A data para a visita do perito, no entanto, não foi definida, e novas audiências devem ser agendadas. Local segue interditado e moradores não podem voltar para casa
 
 O desabamento de uma das varandas do Edifício Versailles, no Meireles, completou três meses no início de maio e, após reunião no Tribunal Regional do Trabalho, um novo laudo será feito para apontar quem são os responsáveis pelo acidente. A decisão foi tomada na manhã desta segunda-feira, 22. O prédio segue interditado. 
 
A reunião contou com representantes do condomínio, do contratante dos operários e da construtora que fez o empreendimento, a Mendonça Aguiar. A data para a visita do perito, no entanto, não foi definida, e novas audiências devem ser agendadas. 
 
Os advogados da família de Valdízio Moreira Nunes, um dos operários que morreu no desabamento, pediu, em situação emergencial, a indenização dos familiares e acompanhamento psicológico das três filhas da vítima. O pedido foi negado até o resultado do novo laudo técnico.
 
Valdízio Moreira morreu logo após a queda dos blocos, no dia 3 março, e deixou mulher e três filhas, de 8, 10 e 11 anos de idade. Outros dois operários que foram atingidos por blocos durante o desabamento foram socorridos e ficaram internados no Instituto Doutor Frota (IJF), em Fortaleza.
 
Juvandir José do Nascimento, 44, teve morte encefálica no dia seguinte e seu irmão, Raimundo José do Nascimento, 52, que também trabalhava na obra quando a varanda desabou, teve alta e sobreviveu. A audiência com o advogado da família deles está marcada para agosto.
 

Acidente

 
A varanda do condomínio residencial localizado no cruzamento das ruas Ana Bilhar e Joaquim Nabuco, no bairro Meireles, passava por reforma, quando desabou e atingiu três pessoas que trabalhavam na obra. O prédio foi evacuado e interditado e deixou as sete famílias que morava no local sem a chance de voltar para casa.
 
Segundo o laudo do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará (Crea-CE) o desabamento foi provocado pela falta de manutenção preventiva e alto grau de oxidação das ferragens das vigas de sustentação. 
 
O problema foi ''uma consequência de ações humanas, tais como a falta de capacidade técnica do pessoal envolvido na manutenção e conservação da estrutura de concreto armado”. Além disso, causas naturais estão relacionadas ao envelhecimento dos materiais que compõem a estrutura, principalmente o aço. 
 
O advogado do condomínio, Victor Holanda, sustenta que o estudo do Crea não foi sucidiente e que o problema foi originado na construção do prédio, que seria irregular. 
 
Conforme O POVO publicou na edição de 11 de março, a construtora diz que o Habite-se do Versailles é de 1986 e que a administração e a responsabilidade cabem ao condomínio desde então.
 
“Neste período, a construtora não recebeu qualquer comunicado apontando vícios ou irregularidades”, comunicou a empresa.
 
 

Fonte: www.opovo.com.br

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