Desabamento no ES
Moradores são encaminhados para hotéis da região
Moradores de condomínio vão para dois hotéis após desabamento
Hospedagem é paga pela empresas que construíram Grand Parc. Área de lazer de condomínio de luxo desabou nesta terça-feira (19).
As empresas responsáveis pela construção do Grand Parc alugaram 120 quartos em dois hotéis de Vitória para abrigar famílias que moram no condomínio. Outros moradores dos 166 apartamentos foram para a casa de parentes.
Toda a área de lazer do condomínio da Enseada do Suá desabou por volta das 3h da terça-feira (19). Quatro pessoas feridas e o porteiro ficou desaparecido por quase 15 horas, mas foi encontrado morto.
São 70 quartos em um hotel localizado ao lado do prédio, na Enseada do Suá, e mais 50 em um outro na Praia do Canto. Ainda não há previsão de quando eles vão poder voltar para os apartamentos.
A empresária Giselle Machado está no grupo dos que estão alocados de favor na casa dos outros. Ela foi para a residência de amigos em Vila Velha com o marido e a filha, de 7 anos. “Mas não podemos ficar lá por muito tempo e não sabemos para onde vamos depois”, disse.
Entre os que ficaram em um dos hotéis custeados pelas empresas está o empresário José Gama de Christo.
“Estamos negociando o emergencial, disponibilizando apartamentos nesses lugares e agora também estamos procurando peritos”, explicou ele, que se tornou porta-voz do comitê de gestão de crise do condomínio.
Após o susto, os moradores criaram esse grupo e o dividiram em nove comissões para organizar sua ação. Entre elas estão: segurança, gestão junto à seguradora, assessoria jurídica, tapumes em volta do empreendimento, comunicação com a mídia, contratação de perícia, retorno aos apartamentos para buscar os pertences e alocação dos moradores.
“O fundamental agora é descobrir o que aconteceu, para então definir o que vamos pedir efetivamente às empresas”, afirmou Christo.
porta-voz dos moradores disse que a possibilidade de retorno ao condomínio e o que será feito do patrimônio dos proprietários dos apartamentos ainda não estão em debate.
“Tem pessoas que ficaram traumatizadas, que eles devem ter que indenizar.”
Sobre os cerca de 300 veículos que estavam nas garagens, Christo afirmou que cada morador já estava em contato com suas próprias seguradoras.
Segurança 24 horas
Para evitar que estranhos entrem no condomínio e acabem saqueando o local, a comissão de segurança dos moradores – uma das criadas após o desabamento – contratou uma empresa para ficar 24 horas monitorando o local.
O serviço inicialmente será custeado pelos próprios moradores e começou a funcionar ontem mesmo.
“Depois do desabamento, já havia pessoas rondando os prédios”, explicou o empresário José Gama de Christo, que é porta-voz do comitê de gestão de crise do condomínio.
Outra providência tomada para proteger os bens dos moradores é colocar tapumes em volta do imóvel, algo que também será providenciado por uma das comissões criadas pelos proprietários de apartamentos do Grand Parc.
Fonte: http://g1.globo.com/