Moradores querem mudar traçado do monotrilho
Residentes de condomínio apontam preocupações com comércio informal e segurança em São Bernardo
A construção do monotrilho no ABCD começa a despertar críticas de parte de moradores que residem em áreas por onde a nova linha 18-Bronze vai passar.
Residentes do condomínio Domo se mobilizam para convencer o governo do Estado a alterar o traçado da linha. O projeto original prevê que o monotrilho passe pela avenida Aldino Pinotti - localizada atrás do condomínio, próximo à futura estação Baeta Neves. A proposta dos moradores é que o traçado passe pela avenida Pereira Barreto.
MOTIVOS
A lista de motivos para a alteração do projeto inclui desde o temor pela invasão de privacidade até a proliferação de ruídos.
“Não existe um principal temor, mas existem preocupações diversas como segurança, comércio informal, privacidade e a própria desapropriação em si”, explica o membro da comissão São Bernardo Melhor, Felipe Nyitray. O grupo, que reúne os moradores descontentes com a obra, foi criado para pressionar o Metrô a rever o traçado da linha bronze.
O medo da invasão de privacidade é explicado pelo modelo do monotrilho. O trem passa em uma via elevada, a uma altura média de 20 metros, o que desagrada os moradores do apartamento do condomínio.
“Não estava previsto o impacto de vizinhança para a região da Aldino Pinotti [...]. Lá tem dois sobressolos, ele [monotrilho] vai ficar virado para área da piscina, toda a área de lazer. E para os moradores que estão nos prédios da região fica muito próximo”, afirma Erika Ferreira Youra, moradora do Domo Home e também integrante da comissão São Bernardo Melhor.
ANÁLISE
A reivindicação dos moradores foi apresentada ontem durante audiência pública realizada em São Bernardo para discutir a implantação do monotrilho.
O Metrô prometeu avaliar o pedido. “[A alteração] tem uma série de implicações de traçado, de custo, que já estão sendo consideradas pela área de Planejamento do Metrô. Mas não temos a resposta ainda”, afirma o arquiteto Alfredo Nery Filho, coordenador de projetos civis da companhia.
OBRA
A linha bronze terá 20 quilômetros de extensão e 18 estações. Cerca de 340 mil passageiros devem ser transportados por dia.
O traçado ligará as estações Tamanduateí do Metrô, à futura estação Estrada dos Alvarengas, passando por São Bernardo, Santo André, São Caetano e São Paulo. O custo da obra é de R$ 4 bilhões.
Fonte: http://www.redebomdia.com.br
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