Funcionários de condomínios
PR: Secovi tenta negociar reajuste de salários e benefícios em Curitiba
Trabalhadores de condomínios protestam por reajuste salarial em Curitiba: ‘Três anos sem aumento’
A manifestação ocorreu quase três meses depois de o grupo fazer um ato parecido – e com o mesmo objetivo
Porteiros e zeladores que atuam em condomínios residenciais de Curitiba e região metropolitana realizaram um protesto, na última semana, por reajuste salarial em frente à sede do Sindicato dos Empregados em Condomínios e Edifícios Residenciais e Comerciais de Curitiba e Região, no Centro.
A manifestação ocorreu quase três meses depois de o grupo fazer um ato parecido – e com o mesmo objetivo – em frente ao Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR). De acordo com a categoria, os trabalhadores não têm direito a reajuste salarial há pelo menos três anos, o que gerou uma defasagem de 24%.
“Nós estamos há três anos sem aumento de salário. Nós temos uma carta aberta do Secovi que nos dá esse aumento desde agosto, mas o Sindicon não aceita a carta… Não sei por que”, disse Roberto Ferreira, que atua como porteiro.
Para Ferreira, o Sindicon deve questionar aos próprios trabalhadores se aceitam as propostas ofertadas pelo Secovi. “Nós até entendemos que temos de lutar por muitas coisas, mas do que adianta passarmos três anos sem aumento simplesmente porque o Sindicon não concorda com essa carta do Secovi?”, questionou ele.
Em agosto, o Secovi divulgou uma carta aberta (leia aqui) em que diz tentar negociar as convenções coletivas de trabalho desde 2021. Porém, diz enfrentar “grande resistência” do sindicato que representa os trabalhadores que atuam em condomínios. Veja abaixo algumas propostas:
- Reajuste salarial com aplicação do índice INPC acumulado em 24%;
- Reajuste da cesta básica com a aplicação do índice INPC, sendo fixada em R$ 574,60 para o período 2023/2024;
- Reajuste do seguro de vida para R$ 57.306,00;
- Acréscimo de 1% a cada ano de trabalho para o empregador, limitado a 15%;
- Possibilidade de substituição do vale-transporte por vale-combustível;
- Pagamento dos valores retroativos a serem apurados em até 6 parcelas;
“O Secovi fez uma carta aberta que, pelo menos, nos dá o direito de dar um Natal melhor para nossa família. Só agora que eles estão querendo entrar com um dissídio coletivo [ação ajuizada no tribunal para solucionar conflitos entre as partes coletivas que compõem uma relação de trabalho]”, acrescentou Roberto Ferreira.
Em 26 de outubro, o Sindicon afirmou que o Secovi “não concorda com nenhuma melhoria para os trabalhadores há três anos” e desconsiderou reivindicações realizadas pelos trabalhadores e proposta do Ministério Público do Trabalho.
“Em todo esse tempo, o patronal se nega a conceder qualquer benefício para a categoria e ainda quer parcelar em seis vezes o nosso reajuste, que já deveria ter sido pago há anos. […] Aceitar qualquer forma de pagamento e nada mais é negar o nosso próprio valor. Sabemos o que passamos nos sábados, domingos e feriados, 24 horas por dia, em postos muitas vezes insalubres e sem condições que atendam nossas necessidades básicas e de higiene”, divulgou a entidade.
A Banda B tenta contato com os dois sindicatos.
Fonte: https://www.bandab.com.br/economia/trabalhadores-de-condominios-protestam-por-reajuste-salarial-em-curitiba-tres-anos-sem-aumento/