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Segurança

Economia e tecnologia

É possível reduzir despesas sem diminuir nível de segurança

quarta-feira, 24 de agosto de 2016
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PORTARIA VIRTUAL FAZ CONDOMÍNIOS AUMENTAREM O CAIXA EM PLENA CRISE

“Conseguimos reduzir os custos em 50%. Se antes, com a portaria convencional 24 horas, gastávamos cerca de R$ 16 mil por mês com mão-de-obra, hoje gastamos metade, apenas R$ 8 mil mensais”, afirma Fábio Lixandrão, síndico profissional na região de Campinas.

A crise que o Brasil vive fez explodir os índices de inadimplência nos condomínios. Para fechar a conta, somente duas medidas são eficazes: aumentar a arrecadação com quem pode pagar ou reduzir os custos. Em grande parte dos condomínios mais de 70% do valor da taxa condominial é destinada para pagar a folha de pagamento, ou seja, o grande “vilão” é gasto com pessoal.

Estão se consolidando no mercado o portaria virtual e a portaria monitorada, duas tecnologias que cumprem a função do porteiro presencial.

Enquanto o porteiro virtual (o primeiro a ser implantado) precisa de um link da internet e a obrigatoriedade de duas operadoras diferentes para funcionar, a portaria monitorada (a segunda geração do primeiro) conta com a tecnologia de fibra ótica, ficando, diretamente, conectada ao condomínio.

Ambas as tecnologias utilizam funcionários remotos e câmeras nas áreas comuns e em todas as entradas, principais e secundárias.

Ao contrário do que se possa pensar, não há nenhuma relação com o antigo porteiro eletrônico com o qual cada morador seria responsável pela entrada/saída das pessoas no condomínio, sem qualquer assistência de uma equipe altamente treinada para contingências.

O porteiro virtual ou a portaria monitorada são compostos por porteiros remotos que ficam em uma central, observando, por várias TVs, todas as câmeras instaladas no condomínio e o perímetro externo e que podem acionar rápida ajuda no caso de invasão, pois não seriam rendidos por possíveis invasores.

As vantagens dessas novas tecnologias em segurança são várias. Entre as principais, diz respeito à redução do custo de mão-de-obra do condomínio que pode ser de, no mínimo, 40% (caso o condomínio opte por um serviço individual), podendo chegar a 70% (caso se opte por serviços em conjunto, com mais de um edifício sendo observado, pois as despesas são partilhadas).

Somente com portaria a economia chega a 90%. Outro ponto favorável é o cumprimento do regimento interno de forma eficaz (por exemplo, entrada e saída de vários serviços de reparo fora do horário instituído no condomínio, uso indevido das áreas públicas etc.).

Fábio Lixandrão, síndico profissional da região de Campinas, optou por instalar a portaria monitorada no condomínio no qual trabalha e conta que conseguiu reduzir os custos em 50%. Se antes, com a portaria convencional 24 horas, o condomínio gastava cerca de R$ 16 mil por mês com mão-de-obra, hoje gasta metade, apenas R$ 8 mil mensais.

Com o dinheiro economizado, Fábio conseguiu contratar um zelador, que não havia anteriormente, e ainda foi possível realizar reparos de manutenção.

Além disso, a empresa contratada por ele instalou todo o aparato de segurança necessário, que ficará com o prédio mesmo que o contrato se encerre. “Instalaram tudo de tecnologia: câmeras, barreiras eletrônicas, sensores de esmagamento no portão.

Deixamos de investir nos equipamentos de segurança e ainda houve redução de custos”, comenta Lixandrão.

Além disso, o dinheiro que deixou de ser gasto garantiu que o valor da taxa de condomínio permanecesse a mesma do ano passado. Algo que não aconteceria sem a instalação da portaria monitorada.

“Apesar da crise e inflação, o valor se manteve o mesmo. Só não foi reduzido porque houve uma decisão do condomínio de fazer caixa. Ficou decidido que manteríamos o valor pra que tivéssemos uma reserva, um fundo para obras e melhorias”, diz Fábio. Algo importante para um condomínio novo, de apenas um ano e meio, e que até então não possuía um caixa formado.

 

O perfil específico de edifício para o uso dessa nova tecnologia são de condomínios de pequeno e médio porte, mas já se estuda meios de utilizá-la em edifícios de médio e grande porte (mais de um controle de acesso). O mundo está mudando e os condomínios precisam se modernizar.

“Assim como o síndico profissional, o porteiro virtual/portaria monitorada é uma tendência que veio para ficar, principalmente em função da forte redução de despesas em condomínios com até 70 unidades”, afirma Dostoiévscki Vieira, presidente do Instituto Pró-Síndico.

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