Elevador, um aliado na economia de energia do condomínio
Adoção de tecnologias e o uso adequado e eficiente dos elevadores podem transformar os equipamentos em aliados na economia de energia. Confira 4 ações!
Administrar os gastos variáveis de um condomínio, como as contas de água e luz, é um desafio para quem atua como gestor condominial. O controle eficiente dessas despesas resulta em economia que ‘engorda’ o caixa ou, até mesmo, contribui para reduzir o valor da taxa condominial.
Quando tratamos especificamente sobre redução na conta de energia elétrica, combinar a adoção de tecnologias com o uso adequado e eficiente dos elevadores, podem transformá-los em aliados nesse desafio. Conheça algumas ações que podem auxiliar seu condomínio a economizar.
1. Considere a modernização
Mais do que uma questão de estética e segurança, a modernização que contempla a troca do painel de comando, considerado o cérebro do elevador, garante até 30% de economia de energia.
Essa medida permite a instalação de novos componentes e serviços que também geram eficiência, como a máquina, o operador de portas ou o modo stand by, que possibilita um modo econômico de consumo quando parado, mas com rápida resposta se acionado.
Adicionalmente, edifícios com grande circulação de pessoas também podem contar com tecnologias de comando regenerativo, que devolve a energia residual para o condomínio, para que esta seja reutilizada. Sendo assim, considere a modernização para equipamentos com mais de 20 anos.
2. Adote tecnologias que auxiliem no gerenciamento de tráfego
Com a verticalização das cidades, o gerenciamento de tráfego nos edifícios é um dos maiores desafios enfrentados pelos gestores condominiais.
Tecnologias que otimizam o fluxo de pessoas nos elevadores são essenciais para garantir a circulação rápida, segura e confortável nos edifícios. Além disso, soluções como essa podem ter função que coloca o equipamento em modo stand by ao identificar inatividade.
3. Habilite a divisão de tráfego em zona alta e zona baixa
Com esta configuração, o prédio é dividido em diferentes zonas: a que abrange os andares baixos do edifício, como do térreo até um andar intermediário; e a que contempla os andares superiores, geralmente do andar intermediário até o topo do edifício.
Os elevadores, neste caso, são designados para atendimento apenas a determinados andares, de acordo com as zonas. Esta função, além de diminuir o tempo de espera e de viagem, também contribui para redução no consumo de energia, pois os elevadores viajam distâncias mais curtas e fazem menos paradas.
4. Se possível, habilite a função “agrupamento de elevadores”
Quando o condomínio possui dois elevadores (social e serviço) e o agrupamento está habilitado, o sistema calcula qual equipamento está mais próximo do andar que recebeu a chamada, independente de qual elevador o usuário acionou.
Apesar de interferir na diferenciação de utilização entre elevador social e de serviço, trata-se de mais uma forma eficiente de economia de energia.
Participação coletiva
Outro papel desempenhado por quem gerencia um condomínio é o de propor ações e engajar os usuários para contribuírem de forma coletiva com a economia de energia. Para isso, algumas boas práticas podem ser divulgadas internamente para orientar o uso consciente dos elevadores:
- Apertar o botão de chamada uma única vez;
- Apertar o botão no sentido correto de acordo com o destino da viagem;
- Evitar o bloqueio da porta do elevador sem necessidade;
- Evitar utilização desnecessária dos ventiladores (caso haja botão de habilitar e desabilitar);
- Chamar um elevador de cada vez, evitando que vários equipamentos sejam ativados sem necessidade;
- Não acionar os botões dentro da cabina desnecessariamente para que o equipamento não faça paradas excessivas.
Juntas, essas iniciativas trarão benefícios significativos para os condomínios e seus moradores. Para além da redução das contas de energia elétrica, propriedades com custos operacionais mais baixos são mais atrativas para inquilinos e compradores, aumentando a procura e, potencialmente, o valor do imóvel.
Por fim, pensar em uma gestão eficiente dos recursos de um condomínio é adequar-se às demandas de sustentabilidade das cidades e dos edifícios, garantir conforto, bem-estar e qualidade de vida aos seus habitantes.
(*) Rodrigo Lameiras, diretor de Instalações Existentes e Modernização na Atlas Schindler