ES: Conceito ecológico
Condomínios nas montanhas trazem conceito e até fazenda coletiva
Condomínios nas montanhas trazem conceito ecológico e até fazenda coletiva
Construtoras lançam residenciais na Região Serrana do ES para suprir demanda de um público que deseja estar mais em contato com a natureza e se preocupa com o bem-estar
A proximidade com a natureza, poder observar as estrelas no céu à noite e aproveitar o clima mais ameno das montanhas capixabas sempre foram alguns dos charmes que atraíram as pessoas para regiões como Domingos Martins, Pedra Azul, Santa Teresa e mais recentemente, Santa Leopoldina.
No entanto, nos últimos dois anos, por conta do distanciamento social, houve um aumento inesperado na busca por uma segunda moradia ou uma casa definitiva na Região Serrana do Espírito Santo.
Segundo o corretor de imóveis Beto Lang, que já atua na região há pelo menos 20 anos, a busca por esses produtos foi “gigantesca”. “Nunca houve uma procura como a do ano passado. Foi o ano em que mais procuraram por imóveis em Pedra Azul. Achei que diminuiria este ano, mas tenho recebido várias ligações de interessados. Porque há poucos espaços para comprar hoje, e as pessoas querem morar na região”, conta.
Entre os motivos dessa procura está o desenvolvimento da região, feito de forma gradativa, como explica Lang. Segundo ele, a fiscalização por parte dos órgão ambientais tem sido importante para manter esse crescimento de forma ordenada e que tem atraído, principalmente, pessoas que buscam estar mais em contato com a natureza.
E isso tem movimentado o mercado imobiliário no sentido de lançar novidades nas montanhas capixabas que aliem não apenas a possibilidade de estar próximo a uma reserva natural, mas também de desfrutar do conforto de uma metrópole e até mesmo possibilitar um contato com o dia a dia de uma fazenda, consumindo seus produtos direto da fonte.
CONDOMÍNIO-FAZENDA
Exemplo disso é o mais recente empreendimento da Vaz Desenvolvimento Imobiliário, a Fazenda Barão do Império, em Santa Leopoldina, que se encontra em período de pré-lançamento e traz um conceito ainda inédito em condomínios de loteamentos, que é o agrogastronômico.
Segundo o CEO da empresa, Douglas Vaz, a iniciativa é inédita no país do ponto de vista de que o empreendimento terá uma fazenda coletiva, onde serão produzidos laticínios (com criação de vacas leiteiras das raças girolanda e jersey), ovos caipiras, geleias, verduras e até mesmo mel com a instalação de um apiário e peixes, que serão criados nos lagos que cercam a região. E a produção será destinada aos moradores do condomínio-fazenda, sendo que o excedente poderá ser comercializado.
“Serão lotes de 1.000m² a 3.000m² de casas unifamiliares, com regras para a construção. Entre as cláusulas do contrato, inclusive, o dono do terreno terá de plantar pelo menos duas árvores frutíferas e duas árvores nativas da região. Além disso, o empreendimento tem uma área de preservação de 550 mil m², cinco lagos e um clube privativo para os moradores, com piscina, academia, salão de festas com fogão a lenha, lago para pescar, entre outros”, adianta. Os valores dos lotes não foram divulgados.
ÁREA DE PRESERVAÇÃO
Outro empreendimento, lançado recentemente, que traz o conceito de preservação ambiental e de área rural é a Reserva Aracê. Localizado em Domingos Martins, no distrito de Aracê, o lançamento derivou-se de uma fazenda de 60 hectares (cerca de 600 mil m²), dividido em 20 áreas de 30 mil m². Os valores das unidades não foram divulgados.
“É o menor módulo fracionável para um módulo rural mínimo, três hectares (30 mil m²). O projeto foi assinado pelo engenheiro florestal Renato de Jesus, que já foi diretor do Instituto Terra e, por isso, está muito bem amarrado no aspecto ambiental, pois será permitido construir em apenas 25% da área do terreno. O mesmo com a área total: dos 600 mil m², apenas 137 mil m² serão ocupados”, conta o empresário e sócio da Reserva Aracê, Fabrício Fontana.
Das 20 áreas que farão parte da Reserva Aracê, uma delas será voltada para convivência comum, onde há três cachoeiras e ainda há um projeto de área de lazer com 400m², projetado pela arquiteta Sheila Basílio, com espaço zen, deques de contemplação, área gourmet e até trilhas.
COMPACTO DE ALTO PADRÃO
Já o Mudrah Eco Living, também em Domingos Martins, aposta em um formato mais compacto, com unidades de casas de dois dormitórios, com 80m² e infraestrutura de resort. O empreendimento terá dois restaurantes e restaurante-bar, casa de chá e café, ponto para carregar veículo elétrico, academia totalmente equipada, sala de ioga e meditação, SPA e área de lazer completa. Ao todo, são 78 unidades, sendo 40 de um quarto, com área privativa de 53m²; e 38 com dois dormitórios, com área de 80m², duas vagas na garagem e uma jacuzzi aquecida na varanda. Os valores partem de R$ 605.600.
Segundo o empresário Cláudio Chieppe, responsável pela incorporação do empreendimento, o Mudrah Eco Living oferece ainda a possibilidade de investimento por meio da locação das unidades, que serão operadas pela rede hoteleira Livá, do Grupo Atrio. A rede será responsável pela administração de todo o serviço de hotelaria, que envolve recepção, gerência, administração dos serviços de locação das unidades, limpeza, lavanderia, jardinagem, entre outros.
“O perfil é de compradores que buscam qualidade de vida e bem-estar. Esse novo tipo de empreendimento conquista o mercado imobiliário, de dentro e fora do Estado, por contar com estrutura e serviços de resort, lazer completo e mais de uma vaga de garagem, além de gardens privativos, conforto e segurança”, explica a corretora de imóveis de luxo Letícia Rody.
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