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Roberto Piernikarz

Facilities e Pay per use facilitam a vida dos condôminos

Veja como funciona os serviços terceirizados em condomínios

02/12/19 06:01 - Atualizado há 2 anos
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Faxineira apoiada ao lado de produtos de limpeza sorri para foto
A cultura de hospitalidade dos hotéis foi transferido para os condomínios. Um bom exemplo é a limpeza diária básica
iStock

Por Roberto Piernikarz (*)

Atendendo às demandas dos moradores por serviços oferecidos e realizados dentro dos condomínios, boa parte dos novos empreendimentos imobiliários, e alguns prédios mais antigos, têm oferecido os facilities ou pay per use.

Tratam-se de serviços variados – desde limpeza de residência até lavanderias coletivas, lavagem do carro, feira livre etc – que agilizam a rotina e vida dos condôminos. 

Quem costuma descobrir e trazer as melhores opções entre esses serviços são as melhores administradoras de condomínios e as incorporadoras que já incluem essas modalidades no DNA inicial dos seus empreendimentos. 

As administradoras souberam trazer a cultura de hospitalidade dos hotéis para dentro dos prédios. Um bom exemplo é a limpeza diária básica, que nasceu e foi refinada na rede hoteleira.

Transferida aos condomínios, essa facilidade e comodidade libera um tempo precioso, e ainda poupa esforço e dinheiro dos condôminos. 

Quais as diferenças entre facilities e pay per use

A diferença entre facilities e pay per use é que na primeira modalidade são disponibilizados serviços comprados pelo próprio condomínio e todos os moradores são beneficiados.

A modalidade facilities precisa ser aprovada em assembleia e entra dentro da taxa condominial porque há um custo de implantação. 

Um exemplo de facility é a assessoria esportiva quando todos os moradores pagam e têm direito de utilizá-la.

Outro caso são os condomínios que oferecem a limpeza compartilhada: isso já vem determinado desde quando a construtora lança o empreendimento, e o valor entra também dentro da taxa condominial. 

Uma das grandes vantagens das facilities é baratear o preço, segundo o especialista em hospitalidade, Fernando Feller.

“Você pode, por exemplo, fechar um contrato do condomínio com uma operadora de tv a cabo e ter esse serviço para todo mundo incluído na taxa condominial. Isso vai abaixar consideravelmente o valor unitário que cada um pagaria para a operadora.”

Já no pay per use, o morador paga pelo que consome. Normalmente se paga direto a uma empresa terceirizada que atua no condomínio. Nesse processo não há a necessidade de aprovação em assembleia, porque não há custos para o condomínio. Se o síndico autorizar, é possível instalar. A pessoa paga pela utilização. Como exemplos temos as máquinas de café e chocolate, lavanderia coletiva, serviço de passar a roupa, feira livre lavagem de carro, etc. 

O problema que acontece algumas vezes com o pay per use, segundo Fernando Feller, é que alguns desses serviços são inviáveis de implantar:

“Você precisa de um bom volume mínimo e os custos, já que não se sabe exatamente quantos serviços vão ser prestados em cada mês, são altos. Isso pode tornar o preço mais alto para o morador do que se ele fosse até o serviço. Um exemplo é um salão de beleza: se ele tem que ir no prédio só uma, duas vezes por mês, o custo do deslocamento vai obrigá-lo a cobrar um preço elevado para fazer cabelo, unha, etc. Será mais barato a pessoa ir até o salão.” 

Como implantar serviços de facilities e pay per use no condomínio

Feller alerta para a necessidade de um planejamento cuidadoso. “Para você fazer uma operação adequada de facilities e pay per use é importante que a incorporadora – lá no começo, antes mesmo de vender o empreendimento – faça muito bem a convenção condominial. Caso contrário, dependendo de como a convenção é redigida, fica impossível implantar. Precisa ver também o design do prédio em relação à operação, porque às vezes você quer oferecer um serviço, mas não tem condição física para colocá-lo.” 

Em alguns condomínios mais modernos, as unidades já saem das construtoras, desde o projeto, com a implantação das facilities e pay per use. Esses condomínios usualmente têm o perfil de servir moradores jovens, que usam muito as novas tecnologias.

Condomínios-clube – que atendem a muitas crianças e famílias e possuem muitas áreas de lazer –  também costumam ser supridos com serviços variados.

Quem deseja ganhar mais tempo para si próprio e para ficar mais com a família, cuidando da saúde e de providências domésticas vitais sem sair do condomínio, a alternativa das facilities e pay per use trazem ganhos enormes em qualidade de vida, algo sempre difícil de alcançar sobretudo nas grandes metrópoles.

Comente! Os moradores do seu condomínio costumam contratar quais serviços de facilities e pay per use?

(*) Roberto Piernikarz é Diretor Geral da BBZ Administradora de Condomínios; Bacharel em Administração de Empresas pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Atua no setor há mais de 17 anos, tendo sido responsável pela implantação de mais de 300 condomínios, e participado da capacitação de mais de 1000 síndicos profissionais, além de ter colaborado com diversas matérias publicadas nos principais meios de comunicação do país. Colunista do Site do IG.

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