Falso arrastão
Áudios circularam por app, mas moradores negam ocorrido
Após áudios circularem, polícia e moradores negam arrastão em prédio no Flamengo
Segundo relatos, desmentidos por agentes de segurança e moradores, grupo uniformizado entrou no condomínio dizendo que que iria fazer testes contra o coronavírus.
As polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro e moradores negaram nesta quinta-feira (19) que tenha ocorrido um arrastão em um prédio no Flamengo, Zona Sul da cidade.
A resposta veio após áudios circularem redes sociais citando que um grupo fez um assaltos, na noite de quarta (18), em condomínio na esquina da Rua Ferreira Viana com a Praia do Flamengo. Segundo os relatos, os assaltantes usavam uniformes de autoridades públicas e disseram que precisavam entrar para fazer testes contra o novo coronavírus.
A equipe de reportagem do G1 esteve no prédio e ouviu moradores e funcionários. Assim como as autoridades (veja abaixo o que disseram as polícias), eles negaram qualquer ocorrência. Um morador, que preferiu não se identificar, disse que policiais estiveram no prédio logo após a divulgação dos áudios.
“Ontem, teve até policiamento aqui na hora que eu estava saindo, por causa dessa história. Mas é fake, não tem nada a ver isso aí”, contou um funcionário.
Outros dois moradores confirmaram que a história não é verdadeira, assim como funcionários de um prédio vizinho.
O que dizem as autoridades
Em mensagem, o Comandante do 2° BPM (Botafogo), tenente-coronel Valentim, afirmou que a informação de assaltos seguidos ao prédio não era verdadeira.
"Estão circulando alguns áudios q dão conta de roubos em série em um prédio no Flamengo, onde os autores estariam trajando uniformes da prefeitura e teriam alegado ações de prevenção e testes para o coronavírus. Até o momento não houve chamada 190 e nem registro algum em delegacia policial. Não há confirmação de ocorrência dessa natureza. Já entrei em contato com alguns moradores das ruas citadas nos áudios e ninguém sabe de nada...", escreveu o oficial.
A Polícia Civil também afirmou que não foi feito nenhum registro de roubo no endereço citado nos áudios.
Fonte: https://g1.globo.com/