Falso testemunho
Funcionários de condomínio em PE são investigados
Caso Aldeia: funcionários de condomínio investigados por falso testemunho
A Justiça determinou que dois funcionários e uma diarista do condomínio de luxo em Aldeia, Camaragibe, onde morava o médico Denirson Paes, assassinado em junho deste ano, sejam investigados pela suspeita de crime de falso testemunho.
O pedido foi feito pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que observou contradições em depoimentos dados pelas testemunhas à polícia e durante as audiências de instrução e julgamento do caso, realizadas nas duas últimas semanas.
Entre os investigados estão o porteiro Egnaldo Daniel Bezerra e a diarista Josefa da Conceição dos Santos. Esta última trabalhava na residência do médico. O MPPE apontou que os funcionários entraram em contradição acerca das datas (31 de maio e 12 de junho) da realização dos serviços na cacimba onde os restos mortais do médico foram encontrados pela polícia. A obra para fechar a cacimba foi feita a pedido de Jussara Paes, viúva do médico e uma das acusadas pelo crime. O porteiro Diogo Francisco também será investigado por informações contraditórias em depoimentos.
O pedido de investigação dos funcionários foi encaminhado na última sexta-feira para a Polícia Civil de Pernambuco. O caso deve ficar coma Delegacia de Camaragibe, que também investigou o assassinado de Denirson Paes.
JÚRI POPULAR
Vinte testemunhas, sendo 15 de acusação e cinco de defesa, foram ouvidas durante os dois dias de audiência de instrução e julgamento do caso. A viúva do médico, Jussara Paes, e o filho mais velho, Danilo Paes, ambos presos acusados pelo homicídio, também prestaram depoimento. A viúva assumiu o crime e disse que o filho não teve participação, apesar de laudos periciais confirmarem que ela não teria como cometer o homicídio seguido de esquartejamento sozinha.
A defesa dos acusados solicitou à Justiça que a prisão preventiva de Danilo seja convertida em outra medida cautelar. A juíza Marília Falcone Gomes pediu que o MPPE analise e apresente um parecer sobre o pedido.
Ao final da fase de audiências, a magistrada deu cinco dias para que acusação e defesa apresentem as alegações finais por escrito. Como o recesso do Poder Judiciário começa no final desta semana, a juíza só deve decidir em janeiro de 2019 se os réus irão a júri popular pelo assassinato do médico Denirson Paes.
Fonte: https://jc.ne10.uol.com.br/