Falta de energia
MG: Moradores denunciam queda de energia em mais de 900 apartamentos
Moradores denunciam falta de energia em mais de 900 apartamentos em Águas Claras
Residentes reclamam de demora no atendimento da NeoEnergia e dias sem fornecimento de energia. Empresa alega furto em cabeamentos em subestação externa e alta complexidade na solução do problema
Moradores do condomínio Acqua Village, em Águas Claras-DF, denunciam problemas com falta de energia elétrica recorrente e demora no atendimento da empresa NeoEnergia (antiga CEB). O problema, segundo os residentes, está se agravando desde o início de setembro. E, na última terça-feira (21/9), foram mais de 12 horas sem fornecimento. De acordo com o síndico, Kleyton Oliveira, o prédio tem 960 apartamentos, 14 lojas e cerca de 3.500 pessoas moram no local.
Segundo os habitantes, a partir de 7 de setembro iniciaram diversas quedas de energia no local e todas com demora no atendimento e solução. Entretanto, o problema tem se intensificado nos últimos dias e o prédio está sendo frequentemente sustentado por geradores que mantém as áreas comuns, elevadores, bombeamento de água e sistemas hidrossanitários.
Eles relatam que mesmo com inúmeras reclamações e pedidos na Neoenergia, o problema não foi solucionado.
"Eles até vêm até aqui. Fazem alguns ajustes paliativos e vão embora sem solucionar de vez a causa. Continuamos com quedas frequentes e demoradas. Está um caos. Ficamos sem geladeira há muitas horas, por exemplo. Corremos o risco diário de perder eletrodomésticos. Sem contar nas dificuldades de manter o trabalho em home office e diversos outros problemas graves", informou um dos habitantes.
Segundo o síndico, a Neoenergia esteve no local e constatou a ausência de cabeamentos, possivelmente causada por furtos, na subestação externa da concessionária que atende o condomínio.
"Devido à ausência de alguns cabos que foram furtados da subestação externa da CEB, os circuitos que restaram da concessionária estão sobrecarregando, com isso ocorre a queda das fases na subestação. Não é por aumento de demanda do prédio nem por problema nas nossas instalações internas. Furtaram os cabos que já existiam na subestação da CEB e a empresa está demorando dias para solucionar nossa demanda, mesmo sabendo do nosso porte e da quantidade de pessoas e lojas afetadas", explicou.
Os residentes e a administração do condomínio já protocolaram ordens de serviço para pedir a substituição do cabeamento, mas continuam sem solução definitiva. "Infelizmente, estamos 100% dependentes da concessionária para esse problema e só uma mobilização vai acelerar o trâmite", informou o síndico.
Uma ação judicial também está sendo preparada. "Além dos vários chamados, já fizemos o trabalho prévio de protocolar requerimentos na ouvidoria virtual, também fomos presencialmente na ouvidoria da sede da CEB, protocolamos documentos em outros canais, fizemos reclamações na Aneel e até já entregamos uma notificação extrajudicial fixando prazo para o recabeamento. Temos todos os protocolos abertos, mas ainda não fomos sequer respondidos", disse.
Ao Correio, a Neoenergia Brasília informou que, às 19h45 de terça-feira (21), a Central de Operações Integradas foi acionada para atendimento emergencial por furto de cabos nas imediações do condomínio. A concessionária informa também que, às 22h50 de ontem, as equipes de manutenção foram acionadas para atuar na substituição dos cabos furtados.
“Uma tarefa de grande complexidade que está em andamento, ainda sem previsão de conclusão”, disse.
A Neoenergia Brasília esclareceu ainda que o furto de cabos, no Distrito Federal ocorre principalmente nas localidades onde existem redes subterrâneas. “A empresa iniciou a implantação de sistemas eletrônicos de segurança em suas instalações com o intuito de contribuir com a atuação das autoridades policiais e está atuando, em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública, no combate a esta prática criminosa que, além de ser um risco para quem pratica, prejudica o fornecimento de energia aos clientes regulares da companhia, podendo causar oscilação de tensão, queima de equipamentos e até falta de energia”, informou.
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