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Manutenção

Falta de estrutura

Sobreviventes de tragédia no RJ seguem morando em condomínio precário

sexta-feira, 11 de abril de 2014
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Vítimas da tragédia do Bumba vivem em condomínios com problemas

Apartamentos têm rachaduras, e encosta perto dos prédios pode desabar. Governo do estado afirma que a construtora fará os reparos necessários.
 
Quatro anos depois da tragédia do Morro do Bumba, em Niterói, famílias que se mudaram para um conjunto habitacional estão assustadas com problemas na construção. Vários apartamentos têm rachaduras, e uma encosta perto dos prédios ameaça desabar.
 
Os moradores dos 180 apartamentos do condomínio se mudaram há menos de dois anos e estão assustados com as falhas que encontram. “Quando eu vim, a rachadura estava bem pequenininha. Cada dia ela está aumentando mais. Tive que fazer tratamento psiquiátrico, quando começa a chuva, eu entro em pânico”, conta a dona de casa Angela Maria Calazans.
 
O medo da Angela tem origem nos temporais de abril de 2010, que arrasaram várias comunidades de Niterói. Somente no Morro do Bumba foram 47 mortes. Muitas vítimas da tragédia foram para o conjunto Viçoso Jardim.
 
Um engenheiro afirma que as rachaduras não afetam a estrutura das construções e aprova o tipo de conserto que está sendo realizado, mas critica as grelhas usadas no sistema de drenagem. Elas estão enferrujadas e cheias de irregularidades.
 
Mas o maior risco, na avaliação do engenheiro, está na área nos fundos do condomínio. Sem um muro de contenção, a encosta pode desabar atingindo quem estiver passando ou até os moradores dos apartamentos que ficam no térreo.
 
“Esta parte do terreno está com uma inclinação inversa. Isso em uma chuva muito forte pode desabar”, afirma Antônio Eulalio.
 
O governo do estado, que contratou a obra por mais de R$ 14 milhões, afirma que a construtora fará os reparos necessários. “Com relação às grelhas, vamos fazer substituição. Vai ser colocada uma geomanta que adere ao muro e ele contém algumas sementes de gramíneas, e ela aparece a grama, cresce e ao mesmo tempo segura a encosta”, ressalta o subsecretário de obras Carlos Ramos.
 
Quase 2,5 mil famílias ainda dependem do aluguel social. Muitas aguardam o fim das obras em outro conjunto, do programa do Governo Federal ‘Minha Casa Minha Vida’.
 
Em março do ano passado, denunciamos as falhas na estrutura, que acabaram levando à demolição de dois blocos. Após vários atrasos, a promessa agora é entregar os apartamentos até o fim deste ano.

Fonte: http://g1.globo.com/

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